As agências do trabalhador no Distrito Federal inseriram 21.357 pessoas no mercado de trabalho desde 2019. Ao todo, foram disponibilizadas nos últimos cinco anos 97.112 vagas. O chamado serviço de Intermediação de Mão de Obra, feito pelas agências, tem o principal objetivo de inserir a população novamente no mercado de trabalho. A medida foi criada em âmbito nacional, como uma ponte entre a população e o empresário. No DF, o serviço é comandado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda.Segundo a pasta, de janeiro a março deste ano, as agências já captaram 6.810 vagas, mais do que o dobro registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 3.250 oportunidades. De acordo com a secretaria, as principais vagas são de varejistas e atacadistas.Para ter acesso às oportunidades, os trabalhadores podem se cadastrar no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou presencialmente em uma das agências do trabalhador. No momento do cadastro, o interessado deve fornecer informações socioeconômicas e sobre experiência profissional, habilidades e disponibilidade para o trabalho.Os dados são armazenados no sistema das agências e ficam disponíveis para cruzamento com as oportunidades de emprego captadas.A Intermediação de Mão de Obra foi criada como parte do programa Seguro Desemprego, junto às iniciativas de qualificação profissional e ao próprio benefício financeiro, em 1990. Mas o sistema de cruzamento de dados foi lançado em 2011. Antes, a maior parte dos serviços de intermediação era feita manualmente pela equipe do Sine (Sistema Nacional de Emprego).Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF, Thales Mendes, o grande diferencial da intermediação é o diálogo com o setor produtivo, em que os servidores da pasta visitam os estabelecimentos comerciais para oferecer a intermediação. Com o cadastro no sistema, a vaga fica disponível em todas as agências do trabalhador, além do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e o portal Emprega Brasil.Segundo Mendes, as agências do trabalhador dispõem de gestores de recursos humanos e psicólogos para orientar os cidadãos sobre como agir nas entrevistas, além de oferecerem salas e auditórios, com acesso a computadores, para a realização de entrevistas e reuniões. “É muito vantajoso tanto para o empresário quanto para quem procura uma recolocação”, afirma.De acordo com Mendes, a medida aquece a economia do DF com a geração de emprego e renda. O secretário ressalta que as ações surtem efeito no preenchimento dos postos. “Antes, eram encaminhadas três pessoas para cada vaga, e nenhuma preenchia os requisitos. Hoje, seguimos com esse número de encaminhamentos, mas conseguimos ocupar as vagas com mais assertividade.”O subsecretário de Atendimento ao Trabalhador e Empregador da Secretaria de Trabalho, Ilton Teixeira, reforça que o principal objetivo do serviço é inserir o cidadão no mercado. Dessa forma, além de promover o cruzamento dos dados da pessoa com os das vagas, para verificar compatibilidades, a Sedet mantém contato com o empregador do cadastro até o final do processo seletivo para verificar a eficiência no preenchimento ou a necessidade de reabertura.“Nosso atendimento é humanizado”, diz Ilton Teixeira. “Temos treinamento e capacitações continuadas com os servidores para que possam prestar um atendimento de excelência. A pessoa chega aqui e é cadastrada no sistema, mas também é indicada para algum curso de qualificação, como o RenovaDF ou o QualificaDF, e em muitos casos, pode receber a Cesta do Trabalhador”, afirma.A Cesta do Trabalhador fornece uma cesta básica por até três meses, além da oferta de requalificação profissional para que os cidadãos voltem ao mercado de trabalho. “Se o candidato estiver dentro do perfil estipulado pelo empregador, ele será encaminhado para entrevista”, diz Teixeira.O subsecretário define que o serviço funciona como um “RH 100% gratuito” para as empresas. “Em vez de terem custo como uma antessala para fazer processo seletivo e contratar um RH particular, as empresas podem utilizar nossas salas, que estão preparadas para isso”, explica.O Distrito Federal reúne 14 unidades das agências do trabalhador, sendo que uma delas funciona de modo itinerante. As demais estão situadas em Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Gama, Itapoã/Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e Sobradinho (veja endereços completos).Novas unidades estão em fase de implantação no Arapoanga, Sol Nascente/Pôr do Sol e mais uma no Plano Piloto, sendo esta dedicada a pessoas com deficiência (PcD).Nos locais, é possível encontrar orientação para emissão da versão digital da Carteira de Trabalho e Previdência Social, solicitar seguro desemprego, inscrever-se em cursos de qualificação e no programa Cesta do Trabalhador, entre outros serviços, também disponibilizados na agência do trabalhador itinerante. Os espaços físicos dispõem ainda de salas e auditórios para a realização de processos seletivos presenciais ou online.