Aproximadamente 27 mil dos professores (95% do total da categoria) da rede pública de ensino do Distrito Federal cruzaram os braços, em adesão a paralisação geral de servidores do GDF (Governo do Distrito Federal) nesta quinta-feira (24), segundo o Sinpro-DF (Sindicato dos Professores). Por conta disso, 471 mil estudantes tiveram as aulas suspensas nos três turnos das escolas públicas de todo o DF. De acordo com o diretor do Sinpro-DF, Cláudio Antunes, a categoria é uma das 32 que protesta contra a suspensão dos reajustes salariais determinado pelo GDF. — Nosso objetivo é fazer com que o governo volte atrás no conjunto de medidas que está adotando, que estamos resumindo como um “pacote de maldades” que retira direitos dos trabalhadores e suspende o reajuste previsto em lei. Não vamos abrir mão de nenhum direito.Leia mais notícias no R7 DFParalisação geral no DF afeta atendimento em hospitais, UPAs e postos de saúde O secretário de Relações Institucionais do DF, Marcos Dantas, lamentou o impacto da paralisação no ensino público, e pede compreensão dos servidores com relação ao que classificou como uma crise institucional do governo. — Não é nada agradável às crianças ficarem fora de aula. O importante é que essas aulas sejam repostas, o que não pode é deixar o aluno prejudicado. O governo vai chamar a Secretaria de Educação para que isso não se repita, mas o GDF não tem dinheiro para pagar os reajustes. Ainda segundo Antunes, os professores se reunirão em assembleia no dia 8 de outubro para decidir sobre uma possível greve geral por tempo indeterminado, caso o reajuste salarial não seja depositado no dia anterior.Escolas sem aulas Alguns colégios da rede pública de ensino do DF avisaram com antecedência sobre os efeitos da paralisação dos professores. Outros deixaram notificações na porta. Por conta disso, a movimentação em frente às escolas foi baixa. A Secretaria de Educação do DF diz que ainda não é possível constatar com precisão o número de escolas que ficaram sem aula, nem sobre os professores que faltaram ao trabalho. A pasta informa ainda que os colégios estão abertos nesta quinta-feira (24), e que vai aguardar até o fim do dia para ter um balanço sobre o impacto da paralisação.