Brasília Alvo de operação no DF, falso religioso que prometia lucro de um octilhão de reais segue foragido 

Alvo de operação no DF, falso religioso que prometia lucro de um octilhão de reais segue foragido 

Não é a primeira vez que pastor promete lucros exorbitantes às vítimas; em 2018, a promessa era de retorno de R$ 2 quatrilhões

  • Brasília | Laísa Lopes, do R7 em Brasília

Osório José Lopes Júnior é alvo de operação da Polícia Civil

Osório José Lopes Júnior é alvo de operação da Polícia Civil

Redes sociais Osório José Lopes Júnior

Alvo da Operação Falso Profeta, deflagrada nesta quarta-feira (20) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Osório José Lopes Júnior continua foragido. O líder religioso é suspeito de aplicar golpes pelas redes sociais, orientando às vítimas, em sua grande maioria evangélicas, a investir R$ 25 e prometendo um retorno financeiro de R$ 1 octilhão. Ou, se aplicassem R$ 2.000, teriam um retorno de R$ 350 bilhões. Os investimentos seriam revertidos para ações humanitárias.

Não é a primeira vez que Osório José abusa da fé de terceiros. Em 2018, ele foi acusado de aplicar golpes em fiéis de Goianésia (GO). Na época, ele e outro pastor informaram que precisavam reunir fundos para receber um título de R$ 1 bilhão, e quem os ajudasse teria lucros até dez vezes acima dos valores doados. Os dois conseguiram arrecadar R$ 15 milhões.

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A outro investidor de São Paulo, Osório chegou a prometer um retorno financeiro de R$ 2 quatrilhões, após depósito de R$ 300 mil na conta do religioso, que foi realizado.

Ainda em 2018, Osório foi preso, mas responde a esse processo em liberdade.

Operação Falso Profeta

De acordo com a Polícia Civil, o golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e de quase todas as unidades da federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas. De acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo do qual Osório faz parte é composto de cerca de 200 integrantes. 

Ao todo, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, no Distrito Federal e em outras unidades da Federação.

A investigação mostra ainda que os suspeitos formam uma rede criminosa organizada, especializada em crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionato por meio de redes sociais (fraude eletrônica), para enganar milhares de vítimas no Brasil e no exterior.

Também são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores e bloqueio de redes sociais e a decisão judicial de proibição de utilização de mídias digitais.

Os suspeitos podem responder por falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR) do Distrito Federal recomenda às vítimas que ainda não registraram boletim de ocorrência que procurem as autoridades. 

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