Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino
Agência BrasilO futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), anunciou, nesta sexta-feira (9), que o delegado Andrei Rodrigues será o chefe da Polícia Federal a partir de janeiro de 2023. Dino informou o escolhido para comandar a PF durante coletiva de imprensa na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
“Nós levamos em conta sobretudo a necessidade de restauração da plena autoridade e da legalidade das polícias e a também a experiência profissional comprovada”, afirmou Dino, que citou a atuação de Rodrigues na Amazônia, área que considera estratégica para o próximo governo.
“E ele participou do principal neste momento, que é o diálogo com os estados e municípios, uma vez que foi secretário extraordinário de Grandes Eventos, portanto participou da Copa e da Olimpíada”, completou Dino.
Delegado federal há quase 20 anos, Andrei Rodrigues liderou a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos em 2016, no governo Dilma. Na última atribuição, ele estava responsável por comandar a segurança de Lula durante a campanha presidencial. Antes disso, o delegado estava conduzindo a Divisão de Relações Internacionais da Polícia Federal.
Não foi a primeira vez que Rodrigues esteve à frente das ações de proteção a um candidato petista à presidência. Em 2010, Dilma Rousseff teve Rodrigues como chefe de segurança durante a campanha. O delegado é formado em Direito e possui mestrado na área de segurança.
O trabalho da transição para o futuro governo termina na próxima terça-feira (13). Nesta sexta, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou futuros ministros que vão comandar os respectivos Ministérios a partir de janeiro de 2023.
São eles: Fernando Haddad (PT) na Fazenda, Rui Costa (PT) na Casa Civil, Flávio Dino (PSB) na Justiça, José Múcio Monteiro na Defesa e Mauro Vieira nas Relações Exteriores.
O anúncio dos futuros ministros ocorre antes do prazo previsto por Lula. O presidente eleito havia declarado que anunciaria os nomes apenas após a diplomação, marcada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para segunda-feira (12). No entanto, segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, há "muita especulação", motivo pelo qual adiantaram alguns anúncios.
Lula havia indicado anteriormente que os comandantes das Forças Armadas — Exército, Marinha e Aeronáutica — seriam os oficiais mais antigos de cada Força, como prevê a tradição militar. Em coletiva de imprensa realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição, o petista confirmou as indicações.
Nesse caso, o general Julio Cesar de Arruda será o novo comandante do Exército, o almirante Renato Rodrigues Aguiar Freire será o novo comandante da Marinha e o brigadeiro Marcelo Damasceno será o novo comandante da Aeronáutica.
Neste ano, Haddad concorreu ao Governo de São Paulo, mas perdeu no segundo turno para Tarcísio de Freitas (Republicanos). Haddad já foi prefeito de São Paulo e ministro da Educação entre 2005 e 2012. Ele possui mestrado em economia e doutorado em direito.
Flávio Dino foi eleito senador pelo Maranhão neste ano. Formado em direito, foi governador do Maranhão entre 2015 e 2022. Antes disso, presidiu a Embratur de 2011 a 2014 e foi deputado federal entre 2007 e 2011. Por 12 anos, de 1994 a 2006, foi juiz federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Governador da Bahia desde 2015, Rui Costa foi escolhido para a Casa Civil. Além da passagem pelo governo baiano, ele já foi deputado federal, secretário da Casa Civil e de Relações Institucionais da Bahia e vereador de Salvador.
Para o Ministério das Relações Exteriores, Lula nomeou Mauro Vieira. Diplomata de carreira, ele esteve à frente do Palácio Itamaraty entre 2015 e 2016. Atualmente, é embaixador do Brasil na Croácia.
José Múcio também foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais entre 2007 e 2009, durante o segundo mandato de Lula na Presidência da República. Também foi deputado federal por Pernambuco por cinco mandatos, de 1991 a 2007.