Se no mês passado o GDF (Governo do Distrito Federal) esperava o desenrolar burocrático para uma possível transferência do leão Dengo e da onça-pintada Tuan para o santuário Rancho dos Gnomos, em Cotia (SP), nesta quinta-feira (10) eles voltaram atrás e decidiram manter os felinos no Jardim Zoológico de Brasília. Uma comissão criada para discutir a possível doação dos animais recomenda que os animais permaneçam sob os cuidados do zoo brasiliense, pois considera que a idade avançada dos bichos e as doenças crônicas que têm representam risco de piora do estado de saúde ou morte, caso haja transferência para o rancho paulista. Segundo o governo, os médicos e veterinários também consideraram o fato de que o recinto em que os animais vivem no zoológico passa por melhorias estruturais — com previsão de ser ampliado — e ambientais. A fundação que administra o espaço diz que o local receberá recursos como um pequeno lago e vista para área de vegetação.Leia mais notícias no R7 DFAtivistas protestam contra maus tratos no Zoológico de Brasília O leão Dengo chegou ao Zoológico de Brasília em 21 de julho de 2011 com AIDS felina e problemas de desenvolvimento corporal causados por má alimentação e por falta de qualidade no confinamento anterior em um circo. Dengo, que tem quase 16 anos, precisou ser transportado em avião e sempre contou com acompanhamento médico-veterinário e rotina monitorada por biólogos e zootecnistas. A onça-pintada Tuan nasceu no zoo brasiliense e tem insuficiência renal crônica. Ao contrário de Dengo, o macho de 21 anos passou a maior parte da vida em exposição. Atualmente, ocupa um espaço de cerca de 800 metros quadrados. Tuan está desde o último dia 25 de agosto isolado na área de cambeamento do zoológico.