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R7 Brasília

Banda Calcinha Preta afasta aderir a ritmos virais: ‘Essência musical não será perdida’

Em entrevista, integrantes destacam a importância de preservar a essência que conquistou os fãs ao longo de quase 30 anos de carreira

Brasília|Laísa Lopes, da RECORD


Integrantes da banda Calcinha Preta afirmaram, em entrevista à RECORD, que são fiéis ao forró eletrônico, afastando a possibilidade de lançarem músicas para viralizar nas redes sociais. “Podemos gravar com artistas da atualidade, mas a essência do calcinha preta não vai ser perdida. Isso não será mudado, porque foi o que conquistou os fãs”, disse O’hara Ravick. Além dela, o grupo é composto por Silvânia Aquino, Daniel Diau e Bell Oliver.


“Temos músicas lançadas há duas décadas e o povo canta como se fossem inéditas. A gente fica honrado. Isso prova que estamos no caminho certo: sempre manter a nossa linha e não estar se desviando para ritmos atuais”, pontuou Bell Oliver.

Silvânia Aquino, vocalista da banda há mais de 20 anos, reforçou a fidelidade do ritmo do grupo e afirmou que prefere deixar o espaço das músicas virais para os artistas que se dedicam a isso. “Para fazer os outros ritmos, estão aparecendo novos artistas. Não podemos fazer um ritmo que não é nosso. Vamos nos manter na nossa linha. Em time que ganha, não se meche”, concluiu.

Calcinha Preta foi uma das primeiras bandas brasileiras de forró eletrônico, a primeira a gravar um DVD e a primeira a fazer show internacional. Com quase 30 anos de estrada, eles acreditam que o ritmo vai perdurar eternamente. “Nosso forró tem vida longa. Mesmo porque a gente fala de amor eterno. E quando eu sair, virá outra [vocalista] e a história vai sempre continuar. Uma história como a nossa não se apaga.”


A banda se apresentou em Brasília no último domingo (14) e entre os hits que animaram o público estavam ‘A Calcinha Preta É Nossa’, ‘Você Não Vale Nada’, ‘Dois Amores, Duas Paixões’ e ‘Paulinha’.

Formada no Nordeste, o conjunto expressou sua felicidade em trazer a cultura nordestina para os conterrâneos que vivem na capital federal.”Ficamos muito felizes em trazer um pouquinho do Nordeste para essa galera que vem para cá trabalhar e buscar oportunidades com suas famílias. Mas sei que o pessoal de Brasília curte muito o nosso trabalho, bem como o sul e o norte do país”, disse Bell Oliver.


Fãs revivem a nostalgia

Fã da banda Calcinha Preta desde os 12 anos, a assistente administrativa Lena Jéssica, 33 anos, afirmou que o show a fez relembrar sua infância em Marabá, no Pará. “Naquela época eu ouvia as músicas pelo rádio. Sempre ligava pedindo canções e dedicava a uma amiga da escola que também era muito fã”. A paixão pelo grupo, que permanece até hoje, fez Lena se emocionar quando a banda entrou no palco. " Quando o show começou, eu chorei bastante. Foi muito nostálgico reviver o que eu sentia quando criança”, declarou.

João Pedro, 19, acompanhava emocionado o show que aconteceu durante o Festival Na Praia. Ele, que conheceu os integrantes no camarim, revelou que sua personagem de drag queen foi inspirada nas integrantes da banda. “Desde criança eu me via na Silvânia, e conhecer os integrantes foi a realização de um sonho. A maioria das drags brasileiras se inspira em musas da música pop, mas eu sempre tive um apego maior nas divas do forró.”

O fanatismo pelo grupo surgiu durante a convivência com a família materna, que vivia em Aparecida de Goiânia. “No interior é bem comum o consumo do forró, e a música do Calcinha Preta foi se popularizando nos bares e até virou trilha sonora de novelas. Depois, com o crescimento das redes sociais, passei a pesquisar mais sobre eles e meu amor cresceu”, explicou.

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