A Defensoria Pública do Distrito Federal acionou a Justiça por erro no diagnóstico de uma clínica que indicou em ecografia de uma gestante de 11 semanas que o bebê que ela esperava estava morto. A clínica orientou que a mãe realizasse uma cirurgia para retirada do feto. Ela seguiu a indicação e foi até o Hospital Regional de Sobradinho no mesmo dia para realizar o procedimento, mas antes da cirurgia ela fez uma nova ultrassonografia que constatou que o bebê ainda estava vivo. A mãe não retirou o feto, mas o bebê morreu meses depois por complicações na gravidez.Segundo a Defensoria Pública do DF, a mãe sofreu grande abalo psicológico devido ao erro da clínica. O bebê dela nasceu prematuro, com cinco meses de gestação, e morreu em seguida.No pedido de investigação feito à Justiça, a Defensoria Pública do DF disse que a clínica deveria responder de forma objetiva pelo erro. O defensor público e chefe do Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa do Consumidor, Antônio Carlos Cintra, entende que a ação da unidade em casos de erros de diagnóstico médico é vital para garantir a justiça, proteger os direitos das famílias, responsabilizar os profissionais envolvidos e prevenir futuros equívocos.“A instituição desempenha um papel essencial ao oferecer suporte jurídico e ajudar as famílias a enfrentar as consequências de um erro médico tão grave. O dano causado à assistida decorreu diretamente da conduta da clínica, o que, neste caso, é suficiente para ensejar a sua responsabilização”, destacou.