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Congresso Nacional lança primeira Frente Parlamentar da Nefrologia 

Cerca de 30 milhões de brasileiros têm algum tipo de problema renal; a cerimônia de lançamento ocorreu nesta terça-feira

Brasília|Do R7, em Brasília

Deputado Vinicius Carvalho coordena
a Frente
Deputado Vinicius Carvalho coordena a Frente

Foi lançada nesta terça-feira (4) a primeira Frente Parlamentar da Nefrologia do Congresso Nacional. O colegiado foi montado para levantar o debate sobre o tema e alcançar melhorias para o setor. Nefrologia é a especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente as relacionadas ao rim.

Estima-se hoje que cerca de 30 milhões de brasileiros tenham algum tipo de problema renal, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). O coordenador da frente será o deputado federal Vinicius Carvalho (Republicanos-SP).

Cerimônia marca o início dos trabalhos do grupo
Cerimônia marca o início dos trabalhos do grupo

A frente parlamentar começa os trabalhos nesta terça, após um trabalho conjunto com a SBN e uma mobilização da comunidade científica, de nefrologistas e de usuários do sistema de saúde. “Queremos criar espaço para trazer a conscientização para toda a população sobre a doença renal, que é muito séria. E aqui é o foro ideal. Chegou a hora de dar voz a quem nunca teve voz”, defendeu Carvalho.

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O coordenador afirmou ainda que mais de 200 deputados assinaram o apoio à frente. “Esperamos que esses parlamentares sejam os nossos braços em todos os estados. E não é uma questão política, é impactar na vida dessas pessoas que sofrem, que precisam ser tratadas com dignidade”, afirmou Carvalho.


Segundo o presidente da SBN, José Andrade Moura Neto, o principal motivo da existência da nefrologia são justamente os pacientes. A SBN é uma organização sem fins lucrativos, que atua na defesa dos interesses da especialidade e dos pacientes com problemas renais. “Prezamos pelo estabelecimento de uma linha de cuidado integral no Sistema Único de Saúde [SUS] que inclua não só a diálise, mas o tratamento conservador crônico, a prevenção e o transplante, além da dignidade dos especialistas que trabalham nesse setor”, pontuou Moura Neto.

A DRC (doença renal crônica) é a condição mais recorrente, que afeta uma em cada dez pessoas no mundo, segundo dados da SBN. No entanto, ela é considerada extremamente silenciosa. Há também outras doenças comuns que acometem o rim, como cálculos (pedras) e glomerulonefrite.


Em qualquer um dos casos, há grupos específicos que não podem ignorar nenhum indício de problema renal, pois são mais propensos a desenvolvê-los. São eles:

• hipertensos;

• diabéticos;

• pessoas com histórico familiar de doença renal crônica;

• indivíduos diagnosticados com obesidade;

• quem tem histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);

• fumantes.

Os sete sintomas que ninguém, mas principalmente os grupos de risco, deve ignorar, porque podem indicar uma DRC, são:

• urina espumosa (é tanto um sinal de doença renal crônica quanto de uma glomerulonefrite, conhecida como nefrite);

• sangue na urina;

• glicose alta;

• pressão frequentemente acima de 140 mmHg por 90 mmHg (alta) — popularmente, 14 por 9;

• alteração do nível de consciência (em razão da ureia elevada);

• nível elevado de triglicerídeos no sangue;

• anemia (acompanhada de fraqueza e cansaço).

Outros possíveis sinais são inchaço (principalmente nas pernas), cãibras e sonolência.

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