A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (23), a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Reymond e Tatá Werneck e do apresentador Marcelo Tas. Os deputados também acataram a quebra de sigilo bancário da empresa de criptomoedas Atlas Quantum. Os três fizeram propaganda para a firma, entre 2018 e 2019. A CPI pediu acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas feitas. "Visando ao esclarecimento dos ilícitos praticados pela empresa Atlas Quantum, bem como o possível envolvimento dos senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza e da senhora Talita Werneck Arguelhes, faz-se necessária a quebra do sigilo bancário. Além disso, também se faz necessário acesso aos contratos firmados, a fim de esclarecer a efetiva participação destes nas fraudes perpetradas pela Atlas Quantum, bem como seu conhecimento acerca das irregularidades que envolvem a empresa", diz o requerimento. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Ainda na sessão desta quarta, os parlamentares aprovaram a convocação do ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil-SP), como investigado, para esclarecer seu suposto envolvimento em investimentos fraudulentos em criptomoedas da companhia Atlas Quantum. Em 2018, ele recomendou a empresa a seguidores por meio de uma publicação nas redes sociais. A CPI também aprovou a convocação, como testemunhas, dos sócios-administradores da 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira. Os deputados querem explicações sobre a suspensão da emissão de passagens já compradas por clientes. O rompimento dos sigilos bancário e fiscal dos empresários e da 123milhas foi aprovado pelo colegiado. A Novum Investimentos Participações, empresa sócia da agência de viagens, também teve a quebra dos sigilos bancário e fiscal acatada, assim como a sócia e administradora Cristiane Soares Madureira do Nascimento. O R7 tenta contato com as respectivas defesas dos citados. A Atlas Quantum é acusada de ter dado um golpe de cerca de R$ 7 bilhões em aproximadamente 200 mil investidores. Segundo a CPI, o esquema se caracteriza como uma pirâmide financeira. A empresa foi fundada em 2018, em São Paulo. A Atlas usava um suposto "robô de arbitragem", chamado Quantum, que seria capaz de fazer operações de compra e venda de bitcoins automaticamente, sempre com lucro. Em 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Ministério da Fazenda, determinou a suspensão dos serviços com o robô. No mesmo ano, a empresa parou de pagar os resgates aos investidores.