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CPI do MEC: governo busca mais desistências e prepara plano B

Senador da base apresentou requerimento e quer ampliar o período a ser investigado caso o colegiado seja instalado

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF)
Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF) Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF)

O Palácio do Planalto avançou na articulação política para obstruir a criação de uma CPI para investigar o suposto esquema de cobrança de propina no Ministério da Educação por dois pastores sem ligação oficial com a pasta. O ex-ministro Milton Ribeiro pediu demissão do cargo em meio às suspeitas de que teria atuado para beneficiar as indicações feitas pelos religiosos. Senadores da base governista se preparam apresentar outras frentes de apuração caso a comissão seja instalada. 

Para ser instalada, a CPI precisa de, no mínimo, 27 assinaturas, número que chegou a ser alcançado. Três parlamentares desistiram durante o último fim de semana: Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton (PDT-MA).

Ainda que a CPI não tenha, neste momento, o apoio necessário para ser instalada e enfrente resistência do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), senadores governistas têm articulado para que ocorram mais desistências. Isso impediria de vez a criação do colegiado, que pode ter impacto nas eleições deste ano, em que Bolsonaro buscará a reeleição.

O líder do governo no Senado, Carlos Viana (PL-MG), tem trabalhado para que mais senadores retirem as assinaturas da lista de criação da CPI. Em conversa com aliados, ele afirmou que outros dois parlamentares poderiam desistir, mas não revelou os nomes. 

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Governistas argumentam que as investigações sobre as denúncias estão em curso e que, no momento, há apenas suspeitas levantadas por prefeitos.

Plano B

O senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do partido do presidente Jair Bolsonaro no Senado, apresentou requerimento que amplia a investigação, para que, caso a CPI seja instalada, exista um "plano B". O objetivo do governista é atingir outros ex-presidentes, como os petistas Lula e Dilma Rousseff e o emedebista Michel Temer. A ideia é que a apuração seja sobre fatos que vão de 2006 até 2018.

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De acordo com o requerimento obtido pela reportagem, "essa situação demonstra a necessidade de investigar as razões para o abandono dessas obras para evitar o desperdício de mais recursos públicos, além de apurar as devidas responsabilidades".

A reportagem apurou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do chefe do Executivo, também tem articulado para que a ampliação ocorra caso a CPI avance no Senado.

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