Carlos Viana será o novo líder do governo no Senado
Na semana passada, ele se filiou ao PL e foi lançado pelo partido como pré-candidato ao governo de MG
Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
Após três meses e 22 dias sem líder do governo no Senado, o Palácio do Planalto escolheu o senador Carlos Viana (PL-MG) para o posto. A definição ocorreu depois que o senador deixou o MDB e se filiou ao PL, partido que o lançou na semana passada como pré-candidato ao governo de Minas Gerais. A oficialização ainda não foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a questão já é dada como certa pelo próprio senador.
O governo já havia sondado e feito o convite a Viana, assim como a outros senadores da base. Mas só agora, depois de ser lançado como pré-candidato, ele aceitou o convite. "Já que eu estou exercendo [informalmente] há dois meses, vamos trabalhar. Agora é esperar a publicação", disse ao R7.
Ele e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), ocupavam as funções que seriam do líder do governo nas votações importantes, como foi o caso de dois projetos sobre combustíveis aprovados no último dia 10. Viana disse que já tem participado das reuniões da bas, e que, na sexta-feira (1) recebu um convite pessoal de Bolsonaro para se filiar ao PL e dar apoio a ele na disputa em Minas Gerais.
Questionado pela reportagem se o lançamento de sua pré-candidatura pelo PL foi a condição para que assumisse a liderança, o senador negou. "Não há nenhuma ligação. Foi só uma coincidência de tempo", disse.
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O senador Carlos Portinho (PL-RJ) disse ao R7 que se reuniu com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, na última quarta-feira (6), para dar apoio ao nome de Viana ao cargo. Ele também se reuniu com o novo ministro da Secretaria de governo, Célio Faria, para falar sobre a definição. Portinho se colocou à disposição para, como vice-líder, assumir as competências de líder quando o colega estiver em campanha por Minas Gerais.
Viana ocupará o cargo deixado pelo senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que saiu da liderança em 15 de dezembro do ano passado. Desde a saída de Bezerra, o governo enfrentava dificuldade em definir um novo líder.
De uma forma geral, os senadores entendem a vaga como problemática para se assumir em um ano eleitoral, quando o governo chega ao fim do mandato. Soma-se a isso o fato de os parlamentares estarem em campanha, ajudando correligionários nos estados ou articulando as próprias candidaturas.
No fim de janeiro, a situação pareceu chegar próxima de solução quando Bolsonaro anunciou que o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) seria o novo líder do governo, pontuando que o parlamentar já tinha aceitado o convite. Silveira assumiu a cadeira deixada por Antonio Anastasia, indicado ao TCU (Tribunal de Contas da União). O senador, no entanto, recusou o convite e comunicou a decisão aos colegas de bancada em uma reunião no começo de fevereiro.