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Bolsonaro volta a culpar Lula pela alta dos preços da gasolina

Presidente vinculou preço dos combustíveis e maior inflação para março desde 1994 a construção inacabada de refinarias por Lula

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar, nesta terça-feira (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deixou a Presidência em 2011, pela alta no preço dos combustíveis no país.

"Sabe por que a gasolina está cara também? Porque o nove dedos [em referência a Lula] começou a fazer três refinarias lá atrás e não concluiu nenhuma. Duas seriam suficientes para [o país] ser exportador, para ganhar dinheiro e não importar gasolina, que é refinado lá fora (sic)", disse Bolsonaro durante conversa com apoiadores.

A alta dos preços dos combustíveis se dá pela cotação do petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Esses produtos voltaram a figurar como vilões e impulsionaram a disparada de 1,62% da inflação oficial em março — a maior variação para o mês desde 1994, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado representa uma alta em ritmo maior em relação ao salto de 1,01% nos preços apurado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em fevereiro. Com a aceleração, o indicador acumula alta de 3,2% no primeiro trimestre e de 11,3% nos últimos 12 meses.

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A gasolina, principal influência no bolso dos consumidores, ficou 6,95% mais cara no mês passado. A variação é justificada pelo reajuste de 18% no preço da gasolina e de 25% no valor cobrado pelo diesel nas refinarias, que passou a valer no dia 11 de março, após 57 dias sem reajuste.

Bolsonaro critica de forma recorrente a política adotada pela Petrobras, chamada de PPI (Preço de Paridade Internacional), que faz com que o preço de gasolina, etanol e diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. Recentemente, ele disse que a estatal deveria ser comandada por "alguém mais profissional".

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Ainda na conversa com apoiadores, Bolsonaro voltou a defender a tese de que o Brasil adote postura de neutralidade no conflito entre Rússia e Ucrânia.

"Essa guerra lá fora, queriam que eu tomasse partido. O meu partido é o Brasil. Temos negócios com a Rússia, somos neutros, e continuo recebendo fertilizante deles. Imagina o nosso agronegócio sem o fertilizante? Cai a produtividade", disse.

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