O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (19), que não vê motivos para brigar com a Venezuela, com a Nicarágua e com a Argentina. De acordo com o petista, o que interessa é a relação de Estado para Estado.“Por que eu vou querer brigar com a Venezuela? Por que eu vou querer com Nicarágua? Por que eu vou querer com a Argentina? Eles que elejam os presidentes que quiserem. O que me interessa é a relação de Estado para Estado, o que que o Brasil ganha e o que que o Brasil perde nesta relação”, disse Lula.Em outro momento de seu discurso, o presidente brasileiro destacou que o Brasil não tem problemas com outras nações. “Não tem nenhum país do mundo sem contencioso com ninguém como o Brasil. Não existe”, argumentou Lula.Recentemente, o ditador Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela pode enfrentar uma guerra civil caso ele não vença as eleições, marcadas para 28 de julho. O presidente, que está no poder desde 2013, busca o terceiro mandato de seis anos. As últimas duas eleições venezuelanas não foram consideradas transparentes na avaliação de órgãos internacionais.O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do Brasil vai enviar dois observadores para acompanhar o pleito no país vizinho. Em nota, o órgão informou que a decisão parte de um convite feito pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Para acompanhar as eleições, serão enviados os representantes Sandra Damiani e José de Melo Cruz.As declarações foram dadas por Lula em agenda realizada na cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Na ocasião, o governo anunciou a liberação de crédito, no valor de R$ 10,75 bilhões, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para obras e intervenções nas rodovias Via Dutra e Rio-Santos. O leilão ocorreu em 2021, com vitória do Grupo CCR, e o início da nova concessão em março de 2022, com duração de 30 anos.De acordo com o governo, o projeto tem potencial de gerar 40 mil empregos durante a implantação e de mais de 3 mil postos após a conclusão. O montante será liberado ao longo de sete anos, à medida que os investimentos forem sendo realizados. Os reparos buscam aperfeiçoar a segurança e aumentar a fluidez no trânsito, segundo o Ministério dos Transportes.