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R7 Brasília

Em meio ao avanço da seca na Paraíba, Lula inaugura obra hídrica para abastecer 40 cidades

Estado enfrenta estiagem leve pela falta de chuvas; presidente entrega segundo lote do empreendimento

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


É a segunda vez de Lula na Paraíba neste mandato Ricardo Stuckert/Presidência da República - 28.8.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura nesta sexta-feira (30) o segundo lote do Canal Acauã-Araçagi, em Riachão do Poço (PB), a cerca de 56km da capital João Pessoa. É a maior obra hídrica da Paraíba e a segunda maior do Nordeste. O empreendimento tem capacidade para abastecer 40 municípios e beneficiar ao menos 600 mil pessoas da região. A inauguração ocorre em meio ao agravamento da seca no estado.

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Segundo o Monitor de Secas, plataforma da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), em julho, a Paraíba passou a enfrentar estiagem fraca — o primeiro de cinco níveis do fenômeno — devido às poucas chuvas e à piora nos indicadores. O cenário afeta, principalmente, as regiões sudeste e central do estado. De acordo com o painel, os impactos devem ser de curto prazo e afetar a agricultura e a pastagem.

Antes de inaugurar a obra, ao lado do governador João Azevêdo (PSB), o presidente vai sobrevoar a parte que será apresentada à população. Em seguida, a válvula dispersora da água do rio Ipanema, que abastece o canal, será aberta. O segundo lote do Canal Acauã-Araçagi custou R$ 715 milhões e tem 52 km de extensão.

Depois da inauguração, Lula segue para João Pessoa, onde fará anúncios de investimentos federais para recursos hídricos, habitação e educação. Ainda na capital, o presidente deve visitar uma unidade da empresa AeC, operadora de contact center, em agenda fechada à imprensa. É a segunda vez de Lula na Paraíba neste mandato.


Obra hídrica

Feito pelo governo federal em parceria com o governo paraibana, o Canal Acauã-Araçagi aproveita parte da água transposta do Rio São Francisco. Os dois primeiros lotes receberam R$ 1,2 bilhão — o terceiro e último lote, orçado em R$ 200 milhões, ainda não foi licitado, e a expectativa do Governo da Paraíba é começar as obras no próximo ano.

O projeto do canal tem 109,1 km de extensão e prevê abastecimento regular e contínuo de água potável. O sistema foi projetado para trabalhar, segundo o governo local, completamente por gravidade, com capacidade de transportar 10 m³/s de água no trecho inicial e 2,5 m³/s na parte final.

Inicialmente, a água é captada na Barragem de Acauã (Argemiro de Figueiredo), em Itatuba, ao sul do estado. A partir daí, o projeto avança para o Norte, até desaguar na Barragem de Araçagi, no Rio Mamanguape. No caminho, o canal cruza e integra as bacias dos rios Gurinhém e Miriri.

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