Em reunião com Haddad, presidente da CNI discute reforma tributária e desoneração do setor
Robson Andrade reivindica uma melhor distribuição da carga tributária para a indústria, categoria mais taxada atualmente
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu nesta quinta-feira (16) uma proposta de reforma tributária que simplifique o "emaranhado de impostos" no país e crie um equilíbrio maior entre os diversos setores da economia. A declaração foi feita antes de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a reforma, em meio ao avanço dos debates para tirar as mudanças do papel.
O objetivo da instituição é garantir melhor distribuição da carga tributária para o setor, que possui, atualmente, as maiores taxações. A reforma defendida pela confederação é a que tramita na forma da proposta de emenda à Constituição (PEC) 110/2019.
A avaliação da CNI é que essa matéria traz a reforma estrutural "mais importante para a retomada de investimentos e do crescimento econômico". Ela propõe o modelo de Imposto de Valor Agregado (IVA Dual), que estabelece dois tributos sobre o consumo e acaba com ICMS, ISS e PIS/Cofins.
Entre os principais pontos, a CNI também defende a desoneração de exportações e investimentos e o não aumento de cargas tributárias. No encontro, Andrade levou propostas para financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de investimento em infraestrutura.
De forma semelhante, no início de janeiro, a CNI encaminhou as prioridades da indústria ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. Na ocasião, Andrade entregou um conjunto de 14 propostas voltadas para a reindustrialização para subsidiar as ações do ministério, além de uma lista com 19 projetos prioritários em tramitação no Congresso Nacional.