O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou, nesta sexta-feira (19), uma portaria que declara estado de emergência zoosanitária no Rio Grande do Sul. A medida, que tem duração de 90 dias, ocorre em função da detecção da infecção pelo vírus da doença de Newcastle em aves comerciais, em um município gaúcho.O foco positivo da doença foi confirmado na última quarta-feira (17), no município de Anta Gorda (RS), pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, reconhecido como de referência internacional para o diagnóstico da doença. O último registro do vírus no Brasil tinha sido em 2006.“A declaração de emergência prevê uma vigilância epidemiológica de forma mais ágil com a aplicação dos procedimentos de erradicação do foco estabelecido no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle”, diz a pasta. Entre as ações previstas no plano, estão sacrifícios ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas as propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras.De acordo com o ministério, chefiado pelo ministro Carlos Fávaro, a “população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada”. A pasta reforça que o “consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanecem seguros e sem contraindicações”.A doença de Newcastle é causada pelo vírus paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1) e afeta aves domésticas e silvestres. Os animais infectados apresentam sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça. Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A doença é altamente contagiosa.