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Governo pressiona por investimentos no Fundo Amazônia, mas não há garantia de repasses

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação pediu que União Europeia 'chegue mais junto' para auxiliar o Brasil no tema

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília


Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, se reúne com embaixador da Itália
Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, se reúne com embaixador da Itália

Sem o aporte imediato dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia, o governo federal concentra esforços para captar investimentos da União Europeia. A Itália, entretanto, negou a possibilidade de enviar recursos ao Brasil. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, cobrou, nesta segunda-feira (13), que o bloco europeu "chegue mais junto, com mais investimentos, para as metas de descarbonização" em evento na embaixada italiana em Brasília.

Ao R7, o embaixador italiano em Brasília, Francesco Azzarello, disse que "o Brasil não é um país onde colocamos financiamento para o desenvolvimento". A justificativa é que o país europeu não enxerga o Brasil como uma nação em desenvolvimento. "É um país muito rico, protagonista e forte", disse.

Azzarello afirmou, entretanto, que o diálogo acontece e que há, no plano geral do bloco europeu, a discussão mirando a contribuição financeira ao Fundo Amazônia. "O desejo da Itália e do Brasil é de fortalecer, com prioridades no clima, biodiversidade. Fazer do mundo sustentável para as futuras gerações", disse o embaixador, focando na cooperação ao desenvolvimento científico.

descarbonização da economia, ou seja, a redução das emissões do gás dióxido de carbônico, é saída apontada por ambientalistas para enfrentar crises climáticas e, neste sentido, a região Amazônica tem potencial de contribuir. "O Brasil tem uma zona de conforto grande, porque mais de 70% da matriz energética é renovável e limpa, diferentemente dos países da Europa", justificou a ministra Luciana Santos.

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Busca por financiamento

Em fevereiro, os Estados Unidos anunciaram a intenção de "trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia". A informação faz parte do comunicado conjunto divulgado, em fevereiro, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden, após viagem do líder brasileiro aos EUA.

A expectativa era do anúncio de um aporte de US$ 50 milhões, R$ 270 milhões na cotação atual. "A perspectiva de ser um montante significativo até agora não aconteceu. Vamos persistir para que o Fundo Amazônia se adense, seja robusto, de modo a atender a expectativa não só do território, mas do próprio país e do mundo que espera que a gente possa cuidar desse bioma tão estratégico e fundamental para o enfrentamento das mudanças climáticas", disse a ministra. 

O fundo estava paralisado desde 2019 com mais de R$ 3 bilhões em caixa e foi reativado no novo governo. A estratégia foi criada em 2008 e recebeu R$ 3,3 bilhões em doações, além de R$ 2,1 bilhões em receitas financeiras, totalizando R$ 5,4 bilhões. 

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