O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1º) que a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que será realizada em novembro deste ano em Belém (PA), deve ser símbolo de esperança e ação, e não da paralisia ou fragmentação. Em agenda na França, o responsável pela área econômica defendeu financiamento de países ricos, com pelo menos R$ 1,3 trilhão, para as nações com florestas.“Essa cúpula deve ser um símbolo de esperança e de ação, e não de paralisia ou fragmentação. Sabemos que se o aquecimento global não for controlado, as mudanças nos serão impostas, desestruturando nossas sociedades e economias”, disse Haddad.“A falta de ambição nas reformas necessárias ao enfrentamento dos efeitos extremos causados pelas mudanças climáticas será vista como uma falta de compromisso, pois não haverá liderança global no século 21 que não seja definida pela liderança climática”, completou.As declarações foram dadas por Haddad durante cerimônia de abertura dos Diálogos Econômicos Brasil-França, em Paris. Na ocasião, o ministro da Fazenda afirmou que, nesse processo, os governos possuem um papel essencial na mobilização de recursos para o financiamento climático, com R$ 1,3 trilhão até 2035.Haddad citou o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), proposta para financiar a conservação e a preservação das florestas tropicais ao redor do globo. A medida visa remunerar os países que mantêm as árvores em pé. O ministro destacou também o mercado de carbono. “Podemos criar um sistema financeiro que não apenas promova o crescimento econômico, mas que esse crescimento esteja atrelado ao respeito ao meio ambiente e às comunidades”.Em janeiro deste ano, o governo brasileiro designou o embaixador André Aranha Lago como presidente da COP30, e Ana Toni como diretora-executiva. Um dos temas a ser abordado na agenda ambiental é o financiamento, principalmente por parte de países ricos.No ano passado, Lula garantiu que o governo federal “não vai medir esforços para ajudar tanto a prefeitura de Belém quanto o governo do estado” na preparação para receber o evento, o primeiro do tipo na região amazônica. “Vamos ter que melhorar muito os serviços básicos da cidade para fazer as coisas acontecerem”, destacou na ocasião.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp