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Homem é detido pela polícia após invadir unidade de internação no DF

Suspeito entrou no local durante a madrugada; unidade tem sob custódia jovens infratores de alta periculosidade

Brasília|Karla Beatryz*, do R7, em Brasília

Unidade de Internação do Recanto das Emas, no Distrito Federal. Agentes socioeducativos
fazem a segurança do local
Unidade de Internação do Recanto das Emas, no Distrito Federal. Agentes socioeducativos fazem a segurança do local Unidade de Internação do Recanto das Emas, no Distrito Federal. Agentes socioeducativos fazem a segurança do local

Um homem invadiu a Unidade de Internação do Recanto das Emas, no Distrito Federal, durante a madrugada desta segunda-feira (17). O local tem sob custódia adultos entre 18 e 21 anos que cometeram crimes de alta periculosidade enquanto eram menores de idade. A Polícia Militar foi acionada para deter o homem, que tentava arrombar uma porta da unidade.

Os agentes que trabalhavam no local durante o incidente informaram à Polícia Militar que o invasor pulou o muro da unidade e começou a chutar a porta de um dos módulos, na tentativa de entrar. Outras equipes que estavam de plantão foram chamadas para capturar o homem, que se escondeu em um matagal, dentro da unidade. 

Depois de ser encontrado e detido pela Polícia Militar, o suspeito foi encaminhado para a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). Após o registro da ocorrência, ele foi liberado pelos policiais.

O presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativos do DF (SINDSSE-DF), André Henrique Santos, explica que o ocorrido deixa toda a categoria em alerta. “Não sabemos se a intenção desse homem era resgatar algum interno, atentar contra a vida de algum desafeto que estivesse na unidade ou tentar atentar contra a vida de algum servidor”, afirma.

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Segundo André Henrique, o posto policial da unidade foi desativado em 2019 e, desde então, os problemas de segurança têm sido recorrentes. Na época, o SINDSSE chegou a ajuizar uma ação civil pública contra o Distrito Federal, para a reativação dos postos policiais. De acordo com a decisão do juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública, as rondas periódicas da Polícia Militar eram suficientes.

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O presidente do sindicato lembra que, em maio deste ano, uma interna da Unidade de Internação do Gama admitiu que ficou aguardando do lado de fora do local para atacar uma funcionária. “Nós, do sindicato, entendemos que apenas uma vigilância armada, intensiva e ininterrupta todos os dias pode trazer a real segurança tanto para os agentes socioeducativos como também para os internos, que estão sob custódia e cautela do Estado”, afirma.

Segundo o SINDSSE, a falta de segurança nas unidades é uma tragédia anunciada, pois facilita a possibilidade de resgate dos detentos ou “acerto de contas”.

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O que diz a Sejus

O subsecretário do Sistema Socioeducativo da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), Demontiê Alves Batista, afirma que, após o ocorrido, a Polícia Militar vai intensificar as rondas em todas as Unidades de Internação do DF.

Segundo o subsecretário, que é agente socioedutativo, a Sejus tem como principal preocupação o resguardo da integridade física dos internos e dos servidores das unidades e, para isso, conta com o apoio da Polícia Militar. Para manter a segurança dos locais, cada batalhão das regiões administrativas onde existe uma unidade tem contato direto com o diretor do espaço.

“Em situações como essa, ou em qualquer outra circunstância em que a unidade entenda que existe um fator de risco, o diretor deve entrar em contato com a PM, que vai se deslocar de forma urgente. Se for necessário, o próprio batalhão acionará outras forças de segurança”, explica o subsecretário.

* Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro

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