A incidência de raios no DF teve um aumento de 480% em 2021, um crescimento considerado fora do comum pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 94.223 mil raios na capital. Em 2020, o número não passou de 19.634. As ondas de calor e as queimadas são os principais responsáveis pelo crescimento desse fenônemo.
Na capital do Brasil, País que é recordista mundial de descargas elétricas – média de 77,8 milhões todos os anos –, a expectativa é que a incidência de raios aumente 10% somente nesta primavera. O Inpe explica que o fenômeno La Niña, iniciado em outubro de 2020, fará com que o DF tenha mais chuvas intensas e, consequentemente, mais raios.
Diferente de outro fênomo natural que já é conhecido pelos brasileiros, o El Niño, o La Ninã é a diminuição da temperatura das águas do Oceano Pacífico. Isso gera uma série de mudanças de temperatura e formação de mais chuvas, que variam conforme cada região do País.
De acordo com o Inpe, a corrente do raio pode causar sérias queimaduras e danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo por causa do aquecimento e da variedade de reações eletroquímicas. Cerca de 20% a 30% das vítimas de raios morrem – em sua maioria, por parada cardíaca e respiratória –, e 70% dos sobreviventes sofrem com sequelas psicológicas e orgânicas por um longo período.
Proteja-se
Para proteção individual, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal orienta que as pessoas evitem o uso de telefone durante uma tempestade com raios e não fiquem próximas a tomadas e janelas. Além disso, não é recomendável se abrigar embaixo de árvores, estruturas metálicas e redes de distribuição elétricas. É melhor evitar a prática de atividades esportivas no geral, em especial na água, além de não entrar em córregos e rios.