JR Entrevista: diretor do Incra diz que sociedade deve ter 'visibilidade' na discussão do marco temporal

O diretor de governança fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Pedro Gonçalves, afirmou que todos os segmentos da sociedade devem ter visibilidade durante a discussão do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. A fala vai ao ar no JR Entrevista desta quinta-feira (20), com apresentação de Thiago Nolasco. No programa, Gonçalves também tratou de reforma agrária com a floresta em pé, áreas quilombolas e agricultura familiar. O JR Entrevista desta quinta-feira (20) vai ao ar na Record News, no R7, no PlayPlus e nas redes sociais do Grupo Record a partir das 19h45.

O marco temporal foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 30 de maio por 283 votos a favor e 155 contra. O texto seguiu para análise do Senado. "Não podemos olhar um segmento, nós temos de olhar a diversidade brasileira", completou Gonçalves.

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"Temos terras privadas, terras públicas, os assentamentos e as unidades de conservação. Você tem que enxergar isso tudo e ter compromisso com a história", ressaltou.

O diretor explicou que o governo já tem 40 territórios que devem ser reconhecidos como áreas quilombolas. "Nós temos um número pronto para o presidente Lula decretar", afirmou. Além disso, o governo também trabalha na regularização de terras.

"O reconhecimento da terra indígena vem a partir de estudos antropológicos, da ocupação histórica do povo daquele território e naquela região", afirmou.

Sobre a reforma agrária, João Pedro Gonçalves destacou dois biomas importantes: o cerrado e a Amazônia. "Nós precisamos fazer reforma agrária com o debate ambiental presente. O sul do estado do Amazonas vem sofrendo o impacto dessa pressão da monocultura na direção da floresta, local onde nascem os grandes rios", disse.