O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) começou, nesta quarta-feira (23), a colher depoimentos dos envolvidos no caso do professor de educação física Lucas Silva Lopes Xavier, de 28 anos. Ele foi espancado por dois homens no dia 23 de fevereiro de 2014 no Shopping Pier 21, centro de Brasília, Distrito Federal. Nesta quinta-feira (24), o juiz do Tribunal do Júri de Brasília ouviu os depoimentos de três testemunhas e dos dois réus no processo. Somente após essa fase conhecida como audiência de instrução que o magistrado decidirá se pronuncia ou não os réus para julgamento pelo júri popular. De acordo com o tribunal, o processo está na fase de instrução penal em que o juiz toma os depoimentos dos envolvidos e das testemunhas e analisa as provas juntadas. A audiência de instrução teve início nesta quarta-feira (23) e, durante os dois dias de audiência, foram ouvidas nove pessoas — a vítima, os dois réus e seis testemunhas, duas de acusação, três de defesa e uma comum. Os acusados Yago Barboza Ferreira da Silva e Matheus Phanta Junges da Silva respondem por tentativa de homicídio triplamente qualificada. Segundo a acusação, os dois rapazes teriam espancado Lucas Xavier após ele ter chamado a atenção de Yago da Silva por estar urinando em local inapropriado. Relembre o caso O professor de educação física chegou a ficar internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Santa Helena, na Asa Norte, região do Plano Piloto, centro de Brasília (DF), com quadro de traumatismo craniano e hematoma intracrianiano. Apesar de manter os sinais vitais estáveis e conseguir movimentar braços e pernas, Xavier apresentou diminuição da força muscular do lado esquerdo do corpo e foi observado por uma equipe médica. Os acusados foram detidos um dia após o espancamento porque seguranças do shopping conseguiram anotar a placa do veículo e repassaram a informação à 1ª DP (Delegacia de Polícia) da Asa Sul, que cuidou do caso.