O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta terça-feira (3) mais uma missão do programa Nova Indústria Brasil, política de neoindustrialização que prevê impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033. A política, composta por seis etapas, é uma das principais bandeiras do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que também estará na cerimônia. A missão a ser apresentada tem como tema “Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética” e é a quarta a ser lançada pelo governo federal.Além de Lula e Alckmin, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) participam do anúncio, que será no Palácio do Planalto.Essa missão tem quatro metas e seis desafios. A etapa engloba incentivos ao campo e à agricultura familiar, com compra de equipamentos e priorização do desenvolvimento sustentável. Confira:A missão compreende, também, três ações prioritárias — equipamentos para agricultura de precisão, máquinas agrícolas para a grande produção e para a agricultura familiar e biofertilizantes.Há, ainda, ações focadas em prioridades de financiamento, com recursos reembolsáveis e não reembolsáveis. O programa também prevê regulação do ambiente de negócios, expansão do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), reajuste nos valores do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e estratégia nacional para o desenvolvimento da agroindústria sustentável.A política industrial foi lançada pelo Executivo no início deste ano. O plano de ação conta com R$ 405,7 bilhões de recursos públicos. Até o momento, o setor privado anunciou R$ 1,83 trilhão para as medidas.O programa prevê linhas de crédito especiais, recursos não reembolsáveis, ações regulatórias e de propriedade intelectual, obras e compras públicas. Coordenado por Alckmin, o programa é um compromisso do governo com a “nova indústria inovadora, sustentável, com descarbonização, exportadora e competitiva”.Os recursos para a Nova Indústria Brasil vão ser fornecidos via linhas de crédito mais subvenção, além de verbas de outros programas da gestão federal.Os R$ 1,83 trilhão anunciado pelo setor privado serão divididos entre agroindústria (R$ 296,3 bilhões); construção (R$ 1,06 trilhão); tecnologia da informação e comunicação (R$ 100,7 bilhões); automotivo (R$ 130 bilhões); alimentos (R$ 120 bilhões); aço (R$ 100 bilhões); papel e celulose (R$ 105 bilhões); e saúde (R$ 39 bilhões).