Após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter autorizado a divulgação do relatório elaborado pela PF (Polícia Federal) sobre suposto plano golpe de Estado, o vice-presidente Geraldo Alckmin usou as redes sociais para comentar as ações do grupo. “E Lula subiu a rampa. Viva a democracia, o povo brasileiro e as instituições da República”, disse. A frase de Alckmin faz menção ao material encontrado pela PF na sede do PL, partido de Jair Bolsonaro, em Brasília (DF). O esboço de ações estava na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor do general Braga Netto. O ex-presidente foi candidato pelo partido à reeleição para a Presidência da República em 2022, com Braga Netto como vice. Ambos negam as acusações.O documento, intitulado “Operação 142″, estava em uma pasta identificada como “memórias importantes”. O esboço estava dividido em seis partes — avaliação da conjuntura; linhas de esforço; centro de gravidade estratégico; estado final desejado estratégico; centro de gravidade politico e estado final desejado político. O nome do documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição, que trata das funções das Forças Armadas.A frase “Lula não sobe a rampa” é o único item do estado final político desejado. A sentença fez menção à posse presidencial, quando o presidente eleito sobe a rampa do Palácio do Planalto. O petista subiu a rampa em 1º de janeiro de 2023, ao lado de representantes de diversos segmentos do povo brasileiro. (veja foto).Segundo Braga Netto, “naquele período circularam diversos papéis, palestras em power point e sugestões da aplicação dos dispositivos constitucionais que eram entregues às autoridades, conforme relatado à época”. “Por fim, destaca-se que o referido assessor não foi objeto de busca e apreensão na operação Tempus Veritatis e que os materiais eram subsídios de uso pessoal e interno, seguindo o prevista no artigo 220 da Constituição Federal, que assegura a liberdade de manifestação do pensamento, de criação, de expressão e de informação”, afirmou o general.Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas. De acordo com a PF, o grupo tinha plano de matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Agora, o relatório está na PGR (Procuradoria-Geral da República). A avaliação sobre denunciar ou não o ex-presidente e os demais pelo suposto plano de golpe de Estado ficará para fevereiro de 2025. Na ocasião, a PGR poderá arquivar o caso, apresentar denúncia ou pedir mais investigações.