O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais nesta terça-feira (4) para comentar a alta de 0,8% da economia brasileira no primeiro trimestre de 2024 em relação aos últimos três meses do ano passado. Os dados foram divulgados mais cedo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O crescimento foi puxado, sobretudo, pelo setor se serviços, que teve alta de 1,4% no período.“O PIB avançou no primeiro trimestre desse ano puxado por maior consumo das famílias e serviços. E outra boa notícia é que, segundo a previsão do FMI, o Brasil subirá mais uma posição, chegando a 8º PIB mundial. Mais uma prova de que estamos no rumo certo”, disse Lula.A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, se manteve estável, com leve queda de 0,1%. O resultado ficou acima da mediana das expectativas de mercado. Em valores finais, o PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — produziu R$ 2,7 trilhões nos três primeiros meses do ano.Além disso, o PIB brasileiro tem previsão de crescimento ao longo de 2024. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), a estimativa é que ele chegue a US$ 2,331 trilhões no final do ano, atingindo a oitava posição no ranking mundial — à frente da Itália. Para a economista Carla Beni, a geração de empregos faz com que a demanda interna cresça e a taxa de juros diminua, o que eleva o PIB. Além disso, o projeto de investimento público — PAC 3 — que foi lançado pelo governo também é um fator relevante para o crescimento econômico.O Ministério da Fazenda informou, também nesta terça-feira, que a expectativa é de desaceleração no ritmo de crescimento do PIB no segundo trimestre de 2024 em decorrência da calamidade no Rio Grande do Sul. “Apesar da recuperação observada na margem para o PIB do 1º trimestre de 2024, a expectativa é desaceleração no ritmo de crescimento no próximo trimestre, repercutindo a calamidade no Rio Grande do Sul. A agropecuária e a indústria de transformação devem ser atividades especialmente afetadas, uma vez que são proporcionalmente mais importantes no PIB do estado que no PIB nacional”, diz.“No setor de serviços, atividades como transportes e outras atividades de serviços também devem ser impactadas pela calamidade, repercutindo a piora da mobilidade e as restrições no provimento de serviços pessoais, de alimentação e de alojamentos. Medidas de auxílio fiscal e de crédito devem auxiliar a mitigar os impactos negativos desse episódio, mas seus efeitos devem se diluir ao longo deste e dos próximos trimestres. Dessa maneira, mesmo com o resultado positivo e similar ao projetado pela SPE no 1T24, restam incertezas a respeito da estimativa de crescimento para 2024″, completa.O estado do Rio Grande do Sul foi fortemente atingido por enchentes e chuvas desde o final de abril. Dados divulgados pela Defesa Civil gaúcha às 9h desta terça-feira mostram que 172 pessoas morreram em decorrência da tragédia ambiental, enquanto 44 estão desaparecidos. Além disso, 806 estão feridos. Ao todo, 476 municípios e 2.392.686 pessoas foram afetadas.