O Ministério Público do Distrito Federal registrou 18,1 mil processos de violência contra a mulher no ano passado, o maior número desde 2006. O valor se refere a inquéritos policiais e termos circunstanciados e representa um aumento de 21,67% em relação a 2022, quando foram registrados 14,9 mil casos. Segundo o órgão, o crime mais registrado foi de lesão corporal, seguido de ameaça e injúria.
Veja Mais
O ranking das regiões administrativas com maior número de registros é liderado por Ceilândia (3,3 mil casos), seguido pela região central de Brasília (2,3 mil) e Planaltina (1,3 mil). Em relação às denúncias de violência doméstica, o Ministério aponta para um crescimento de 6,3% em relação a 2022, com um total de 5,9 mil denúncias. Além delas, houve 17,3 mil registros de medidas protetivas de urgência.
O Ministério destaca que, atualmente, as Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar estão presentes em todo o DF e acompanham o inquérito policiais, além de oferecer ação penal pública para punir o agressor e atuar no apoio às vítimas.
Além disso, em setembro do ano passado, o MPDFT criou a Comissão de Prevenção e Combate ao Feminicídio. Já neste ano, eles atuam no projeto-piloto Caliandra, que desenvolve um protocolo de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica.
Como pedir ajuda
A denúncia é um passo fundamental para garantir que a mulher tenha acesso a medidas protetivas e a programas de proteção. Confira locais:
- Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher - (61) 3207-6172/ 3207-6195 - Funcionam 24 horas;
- Disque Denúncia - Ligue 197 ou (61) 98626-1197 (WhatsApp)
- PMDF - Ligue 190;
- Núcleo de Gênero do MPDFT - (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625; e
- Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública - WhatsApp (61) 999359-0032.