Brasília Moraes aceita compartilhar dados dos atos de vandalismo com CPI do DF

Moraes aceita compartilhar dados dos atos de vandalismo com CPI do DF

Ministro se reuniu com os deputados distritais que compõem a Comissão dos Atos Antidemocráticos nesta quarta-feira

  • Brasília | Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Extremistas invadem Congresso Nacional em atos extremistas

Extremistas invadem Congresso Nacional em atos extremistas

Marcelo Camargo/Agência Brasil - Arquivo

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativo do Distrito Federal (CLDF), deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu o compartilhamento de informações que não sejam sigilosa, sobre os atos de vandalismo dos dias 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023.

Vigilante e outros membros da CPI se reuniram com o ministro por mais de uma hora na manhã desta quarta-feira (29). "O que puder ser compartilhado vai ser. O ministro está agindo com muito rigor, muitas coisas ainda vão acontecer, mais prisões e investigações", disse o distrital.

O parlamentar ainda afirmou que foi discutida a possibilidade de depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres. "O ministro não pode obrigar, mas vamos insistir até conseguir que ele compareça". Na última terça-feira (28), a CLDF havia informado ao STF que desistiu de interrogar Torres por enquanto.

CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos foi instaurada para investigar os episódios ocorridos em 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro deste ano. O objetivo é investigar os atos preparatórios e executórios ocorridos em Brasília.

A comissão é composta por sete membros e terá duração de 180 dias, podendo ser prorrogada por mais 90. A proposta foi apresentada pela oposição, mas após acordo com a base governista, todos os distritais decidiram assinar e apoiar a CPI — apenas Daniel Donizet (PL), que retorna à Câmara Legislativa nesta semana, ainda não assinou. 

Atos de vandalismo

Em 12 de dezembro do ano passado, manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal na região central de Brasília. O ato foi organizado em protesto à prisão de José Acácio Serere Xavante, líder indígena que questionava o resultado das eleições.

Os envolvidos incendiaram diversos carros estacionados no Setor Hoteleiro Norte e depredaram ônibus. Os ataques e atos de vandalismo duraram quase três horas, e ninguém foi preso.

Neste ano, um segundo ato de vandalismo resultou na invasão dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. Um levantamento feito pelo governo federal mostra que o prejuízo deixado pelos vândalos chega a R$ 18,5 milhões, segundo estimativa da Advocacia-Geral da União (AGU).

Em 9 de janeiro, dia seguinte aos atos deste ano, a Polícia Federal prendeu em flagrante 2.151 pessoas que haviam participado dos ataques e estavam acampadas em frente aos quartéis.

Após o ministro Alexandre de Moraes determinar o desmonte do acampamento, equipes policiais da tropa de choque da Polícia Militar do DF foram ao local onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estavam acampados e começaram a desmontar as barracas.

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