Moro, Damares e Magno Malta vão à Ucrânia e encontram Zelensky
Parlamentares devem ficar no país, que está em guerra com a Rússia há mais de dois anos, até o domingo (1°)
Brasília|Do R7
Os senadores Magno Malta (PL-ES), Damares Alves (Republicanos-DF), Sergio Moro (União-PR) e o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) foram à Ucrânia para participar de uma conferência organizada pelo governo local para políticos da América Latina e Caribe. Eles devem ficar no país, que está em guerra com a Rússia há mais de dois anos, até o domingo (1°).
Nesta sexta-feira (29), o grupo se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Nas redes sociais, Malta disse ter pedido “desculpas” ao presidente ucraniano pelas declarações do governo brasileiro. O presidente Lula tentou, sem sucesso, mediar o conflito, e tem defendido que os dois países têm culpa na guerra.
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“Pedi desculpas [a Zelensky], em nome dos brasileiros, pelas declarações desrespeitosas feitas por representantes do governo atual, deixando claro que a maioria de nós não compactua com tais atitudes. Aproveitei também para destacar o momento delicado que vivemos no Brasil, com sinais preocupantes de autoritarismo”, escreveu o senador no X/Twitter.
Moro disse ter informado, no encontro com Zelensky, que o Brasil “apoia a sua causa”. “Viemos, a delegação brasileira, à Ucrânia dizer, em alto e bom tom e com clareza solar, que a população brasileira apoia a sua causa e que é contra a guerra de agressão promovida pela Rússia. A Ucrânia, hoje, luta por sua soberania e pelo mundo livre. A posição de Lula não nos representa”, escreveu Moro nas redes sociais.
Damares chamou o presidente da Ucrânia de “grande líder” e afirmou que os brasileiros apoiam o país. “Deixamos claro para o presidente Zelensky que o povo brasileiro ama a Ucrânia! Os parlamentares da América do Sul tiveram um momento especial com o líder ucraniano momento em que ficamos chocados com os números da guerra. Chega de dor e sofrimento”, informou a parlamentar no Instagram.
Bilynskyj destacou que “a paz somente será construída com o entendimento de todos os países de que a Ucrânia é vítima de um regime criminoso”. O grupo ainda deve visitar as infraestruturas do país, os civis atingidos pela guerra, soldados feridos e representantes dos direitos humanos.
“Durante o encontro com parlamentares e diplomatas de países latino-americanos, enfatizei a necessidade de que as fronteiras dos nossos estados sejam respeitadas — incondicionalmente”, escreveu o presidente da Ucrânia nas redes sociais.
“Queremos que esta seja a regra não apenas para a Ucrânia, mas para todas as nações do mundo. Queremos que cada nação seja livre para escolher seu próprio futuro, livre de coerção — seja por meio de guerra, pressão política ou manipulação econômica por outro país”, continuou.