Na madrugada desta quinta-feira (29), Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), publicou uma imagem comparando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, a vilões do cinema (veja post abaixo). A imagem foi produzida com a ajuda de uma ferramenta de inteligência artificial e exibe Moraes com trajes e objetos característicos dos filmes. A publicação ocorreu após uma decisão recente do ministro, que ordenou a nomeação de um novo representante legal da empresa no Brasil.A decisão de Moraes foi formalizada por meio de um comunicado publicado na conta oficial da Corte na plataforma, que alertava que a rede social poderia ser retirada do ar no Brasil caso a ordem não fosse cumprida. Esta ação foi uma resposta a um post feito pela equipe de Assuntos Governamentais Globais do X em 17 de agosto, quando a empresa anunciou a intenção de encerrar as atividades de seu escritório no Brasil após ameaças de prisão contra a representante da empresa caso não cumprisse decisões judiciais.Ao anunciar a medida, o X divulgou um ofício sigiloso assinado por Moraes e atribuiu a responsabilidade pela saída da empresa do Brasil exclusivamente ao ministro. A rede social afirmou que, apesar da decisão, o serviço continua disponível para os usuários no país.Na publicação, o X alegou que Moraes “ameaçou nosso representante legal no Brasil com prisão se não cumpríssemos suas ordens de censura”. A empresa também compartilhou o ofício sigiloso para “expor as ações” do ministro.O X criticou a falta de resposta do STF às suas solicitações e a ausência de transparência sobre as ordens emitidas. “Apesar de nossos inúmeros recursos ao Supremo Tribunal Federal não terem sido ouvidos, de o público brasileiro não ter sido informado sobre essas ordens e de nossa equipe brasileira não ter responsabilidade ou controle sobre o bloqueio de conteúdo em nossa plataforma, Moraes optou por ameaçar nossa equipe no Brasil em vez de respeitar a lei ou o devido processo legal”, afirmou a empresa.Como resultado, a rede social decidiu encerrar suas operações no Brasil com efeito imediato, embora o serviço X permaneça acessível para a população brasileira. A empresa expressou pesar pela decisão e atribuiu toda a responsabilidade à conduta de Alexandre de Moraes, questionando a compatibilidade de suas ações com os princípios democráticos.