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Na Amazônia, Macron homenageia cacique Raoni com honraria criada por Napoleão Bonaparte

Ordem da Legião de Honra é a mais alta condecoração da França; presidente europeu destacou ações de Raoni

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Raoni agradeceu honraria francesa
Raoni agradeceu honraria francesa Raoni agradeceu honraria francesa (Ricardo Stuckert/Presidência da República - 26.03.2024)

O presidente Francês, Emmanuel Macron, homenageou nesta terça-feira (26) o cacique Raoni Metuktire, da etnia Caiapó, na Ilha do Combu, em Belém (PA). É a primeira vez do europeu na Amazônia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou da cerimônia. A Ordem da Legião de Honra é a mais alta condecoração da França e foi criada por Napoleão Bonaparte em 1802. Ela é concedida a cidadãos com destaque em atividades no cenário global.

"Considere-se um cavalheiro da Legião de Honra", declarou Macron a Raoni ao entregar a honraria à liderança indígena. "Quero celebrar seu combate incessante e incansável por toda a Amazônia. Esse povo tem muita sorte de ter um chefe como você", completou o líder europeu.

O cacique agradeceu a honraria e pediu apoio do governo francês à Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e às pautas indígenas. Raoni foi uma das pessoas que subiu a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Lula na posse presidencial, em janeiro de 2023. Ele aproveitou para pedir ao petista que trabalhe pela demarcação das terras indígenas e pela diminuição do desmatamento. Raoni também cobrou de Lula mais recursos para a Funai.

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Macron chegou ao Brasil nesta terça-feira (26) para uma visita oficial de três dias. Ele foi recebido pelo presidente Lula na capital paraense. Os líderes seguiram a bordo de um barco pelo Rio Guamá em direção à Ilha do Combu, onde Macron visitou uma produtora local de cacau. 

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Belém será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em 2025. Nessa parte da visita oficial, o eixo é amazônico. Na quarta (27), Macron e Lula participam da cerimônia de lançamento ao mar do Tonelero, um submarino convencional de propulsão diesel-elétrica, na Base Naval de Itaguaí (RJ). O equipamento foi construído por meio do Programa de Submarinos (Prosub), parceria entre Brasil e França feita em 2008.

Ainda na quarta (27), Macron segue para São Paulo (SP), sem a presença de Lula. Na capital paulista, o francês vai se encontrar com investidores e empresários. No dia seguinte, o líder europeu vai a Brasília para assinatura de atos. Macron e Lula devem assinar 15 textos, envolvendo temas como cooperação técnica da Embrapa com a contraparte francesa, modernização da gestão pública, audiovisual e criação de centro de imunologia no Ceará.

Durante a visita oficial de Macron ao Brasil, os dois presidentes também devem tratar do acordo entre Mercosul e União Europeia. Macron é um dos presidentes europeus mais críticos à parceria. A avaliação dele é de que as negociações podem afetar negativamente a competitividade dos franceses em relação aos sul-americanos, principalmente na questão agrícola. As negociações devem ser retomadas neste segundo semestre, e a expectativa do lado brasileiro é de que haja uma conclusão ainda neste ano.

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