O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma manifestação na qual defende a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele fugiu para a Argentina após se tornar réu na Corte por tentativa de golpe de Estado.Na semana passada, a defesa dele informou ao STF que ele está mesmo na Argentina, mais especificamente em Puerto Iguazú, na fronteira. O passaporte de Léo Índio está apreendido, no entanto, para entrar em países dos Mercosul só é necessário o RG. Para Gonet, ao fugir, Léo Índio descumpriu medida cautelar alternativa à prisão e desrespeitou o STF. “A ontologia da medida cautelar de cancelamento de passaporte visa à proibição de fuga do réu do país. Para ingresso nos países do Mercosul é prescindível a apresentação de passaporte brasileiro. Seria desarrazoada, todavia, a retenção de documento de identificação pessoal do acusado, sob pena de inviabilizar o exercício de sua cidadania e direitos civis”, disse Gonet. Em sua defesa prévia, o réu alegou que não há provas de sua participação nos atos de depredação do 8 de Janeiro de 2023.“Não há testemunhas, não há provas/imagens de que ele tenha ingressado na sede do Congresso Nacional, de que ele, acusado, tenha estado no interior do Palácio do Planalto, tenha acessado as dependências do STF, ou que tenha provocado quaisquer danos ao patrimônio da União.”Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp