A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) denúncia contra o influenciador Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado por ataques à corte e a políticos. O caso, agora, será analisado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Se ele aceitar a denúncia, o homem vira réu, pode responder a uma ação penal e ser condenado.Ivan Rejane foi denunciado pela prática dos crimes de associação criminosa e incitação ao crime, na forma equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais, concurso de pessoas e concurso material.O influenciador aparece em um vídeo no qual ameaça ministros do Supremo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um dos trechos da gravação, ele ameaça “pendurar” os ministros “de cabeça para baixo” e convoca outras pessoas a invadir o Supremo e pôr os magistrados para fora do Brasil.Ele foi preso pela Polícia Federal em 22 de julho de 2022, em Belo Horizonte, por decisão de Moraes, por veicular informações falsas sobre a atuação da corte. Em outubro do ano passado, Moraes concedeu liberdade provisória ao influenciador. Para o ministro, com as diligências já realizadas, não havia razão para a manutenção da medida. Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana, o cancelamento de todos os passaportes, a suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado e a proibição da utilização de redes sociais.Segundo a PGR, há prova suficiente de que Ivan Rejane aderiu à associação criminosa e à prática de incitação criminosa no contexto dos atos antidemocráticos que culminaram nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023.“As investigações comprovam que o denunciado, unido subjetivamente aos demais integrantes do grupo que demandava o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a decretação de intervenção militar, com o nítido objetivo de incitar a insuflar as Forças Armadas a agir contra os Poderes Constitucionais, compartilhou diversos conteúdos de teor antidemocrático em suas redes sociais”, disse o órgão.A PGR diz, ainda, que as diligências policiais identificaram a efetiva cooptação de terceiros para os atos violentos propagados pelo denunciado.A análise policial registrou, também, que Ivan Rejane arrecadou o apoio de diversas pessoas para a efetivação do seu plano de ataque às instituições democráticas, sobretudo o Supremo Tribunal Federal.