A PGR (Procuradoria-Geral da República) encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) denúncia contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), na investigação sobre desvio de recursos públicos destinados a obras da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). A denúncia foi direcionada ao gabinete do relator do caso, ministro Flávio Dino, segundo apuração do R7. A defesa do ministro divulgou nota negando as denúncias.Segundo apuração da Polícia Federal, Juscelino teria atuado para beneficiar uma empreiteira vinculada a políticos e apontada como parte de um suposto cartel envolvido em fraudes. As verbas em questão foram destinadas por meio de emendas parlamentares quando o ministro exercia mandato de deputado federal.Em nota, a defesa de Juscelino Filho afirmou não ter sido notificada oficialmente sobre a denúncia e criticou o que considera uma antecipação do caso à imprensa. Para os advogados, esse procedimento remete a práticas punitivistas do passado.O ministro declarou que a denúncia, se confirmada, não implica culpa e não deve servir de base para julgamento público. Disse ainda que vê na tramitação da acusação uma oportunidade para encerrar o que chamou de “maratona de factoides” em torno de seu nome.Juscelino ressaltou que os fatos investigados não se relacionam com sua atuação no Ministério das Comunicações e defendeu a lisura de sua gestão, destacando compromissos com transparência e interesse público.Sobre as obras da Codevasf, o ministro alegou ter apenas indicado emendas para a execução, cabendo ao Poder Executivo conduzir as etapas de licitação e fiscalização. Reafirmou confiança no STF e disse acreditar que sua inocência será reconhecida.Confira a nota completa:“A defesa de Juscelino Filho esclarece que até o momento não foi notificada sobre a denúncia do Ministério Público. Tal andamento sequer consta na consulta processual. Aliás, em se confirmando, temos um indício perigoso de estarmos voltando à época punitivista do Brasil, quando o MP conversava primeiro com a imprensa antes de falar nos autos.De toda forma, o ministro reafirma sua total inocência e destaca que o oferecimento de uma denúncia não implica em culpa, nem pode servir de instrumento para o MP pautar o país. O julgamento cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), em quem Juscelino Filho confia que rejeitará a peça acusatória diante da sua manifesta ausência de provas.Aliás, essa é a melhor oportunidade para se colocar um fim definitivo a essa maratona de factoides que vem se arrastando por quase 3 anos, com a palavra final da instância máxima do Poder Judiciário nacional.Além disso, o ministro ressalta que o caso não possui qualquer relação com sua atuação à frente do Ministério das Comunicações, cuja gestão - assim como em todos os cargos públicos que atuou - é pautada pela transparência, eficiência e compromisso com o interesse público.Como deputado federal, no mandato anterior, Juscelino Filho limitou-se a indicar emendas parlamentares para custear a realização de obras em benefício da população. Os processos de licitação, execução e fiscalização dessas obras são de competência exclusiva do Poder Executivo, não sendo responsabilidade do parlamentar que indicou os recursos.O ministro reitera sua confiança na Justiça e na imparcialidade do Supremo Tribunal Federal, acreditando que a verdade prevalecerá e que sua inocência será devidamente comprovada.Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Francisco Agosti, advogados de Juscelino Filho"Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp