O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (17) que o governo federal lançará, em 10 de agosto, durante um evento no Amazonas, o plano de descarbonização da Amazônia. A princípio, a apresentação da proposta estava prevista para julho, mas a data foi alterada para contemplar a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estará no evento. "É o maior programa do planeta de descarbonização. Vamos fazer a transição, efetivamente, do óleo diesel das [usinas] térmicas do sistema isolado, diminuindo, assim, o custo, já que hoje temos tecnologias de energia limpa que precisam ser usadas para modernizar o setor elétrico nacional", declarou Silveira após uma reunião, nesta segunda, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram No encontro, os ministros trataram também do plano nacional de transição energética. De acordo com Silveira, a iniciativa será debatida ainda neste mês pelo Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE), que reúne 16 ministros e é o órgão de assessoramento na formulação de políticas de energia. "[O dia] depende da agenda do presidente Lula, que fez questão de prestigiar [a próxima reunião do CNPE], um fórum estratégico para discutir temas debatidos no mundo hoje, a segurança alimentar e a energética, questões ligadas à transversalidade de descarbonizar o planeta", afirmou o ministro de Minas e Energia. No plano, Silveira pretende monetizar a transição energética, para converter os processos em recursos financeiros para o país. O ministro não apresentou detalhes do plano nacional de transição energética, mas destacou que pretende garantir a reindustrialização do Brasil e a segurança energética e alimentar. "[Com a] priorização de um país com vocação de servir todo o planeta na questão da segurança de alimentos. Vamos achar instrumentos de aumentar a oferta dos fertilizantes, em especial os nitrogenados", continuou. Silveira afirmou que o plano de transição vai incluir o programa Combustível do Futuro, "projeto que integra todas as políticas de descarbonização do setor de transportes, do posto até a roda. Será fundamental para o país, integrando etanol e biodiesel". O programa Combustível do Futuro foi criado, em 2021, com o objetivo de propor medidas para aumentar o uso de combustíveis sustentáveis em todos os modos de transporte no país. O ministro de Minas e Energia destacou, ainda, que o programa Gás para Empregar, anunciado por ele em fevereiro deste ano, pode ser lançado por meio de medida provisória ou projeto de lei, "desde que seja uma iniciativa do Executivo, a várias mãos, como tem sido, com diálogo permanente, porque é um assunto extremamente transversal". A iniciativa Gás para Empregar pretende aumentar a competitividade do setor de gás natural, com investimentos privados, e incentivar a industrialização por meio do gás produzido no Brasil. A expectativa do governo é que o incentivo à produção nacional de gás crie emprego e renda. A proposta prevê investimentos em unidades de fertilizantes, no processamento de gás e em rotas de escoamento e gasodutos de transportes.