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PM transfere coronel Naime, preso pelo 8/1, para reserva remunerada

Jorge Eduardo Naime foi transferido em decisão do Diário Oficial desta terça; PM está preso desde agosto de 2023

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Naime era chefe do Departamento de Operações (Waldemir Barreto/Agência Senado - 26/6/2023)

A Polícia Militar do Distrito Federal transferiu o coronel Jorge Eduardo Naime para a reserva remunerada nesta terça-feira (7) em publicação do Diário Oficial. A medida é equivalente à aposentadoria dos militares e foi atendida, segundo decisão no DODF, por Naime “ter cumprido o tempo mínimo de serviço exigido por lei”. O ex-comandante de operações do órgão está preso desde agosto de 2023 por ordem do Supremo Tribunal Federal, suspeito de ter facilitado os atos extremistas de 8 de Janeiro.

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Naime estava preso na Papuda, mas foi transferido, em setembro do ano passado, para a prisão militar do 19º Batalhão de Polícia Militar. Em depoimento à Câmara Legislativa do Distrito Federal, durante a CPI dos Atos Antidemocráticos, o coronel disse que “a divisão não teve acesso a relatórios de informação que mostrariam a gravidade dos atos de vandalismo de 8 de janeiro”.

Ainda segundo Naime, as informações repassadas no grupo de WhatsApp que reunia a cúpula da Segurança Pública e outras autoridades não eram relatórios de inteligência, mas informes, que não permitem o planejamento da corporação, e sim ações de contenção. As ações de contenção são executadas no momento de protestos, e não são preparadas com antecedência.

“A Inteligência do Governo do Distrito Federal foi a responsável pela falha no dia 8 de janeiro”, afirmou. Naime era o chefe do Departamento de Operações (DOP) da PM, responsável por articular e preparar tropas para eventos como as manifestações de 8 de janeiro. Porém, na data, ele estava de folga. Primeiro ele disse não ter como avaliar a atuação dos outros órgãos. “A grande falha que acarretou grande parte do problema e um efetivo da PM menor do que deveria ser foi a inteligência”, defendeu.

Relatório Final

O coronel Naime, no entanto, ficou de fora dos nomes sugeridos para indiciamento no relatório final da CPI do DF. O relator, deputado Hermeto (MDB) que também é policial militar da reserva, deixou o coronel de fora, além de outros colegas de farda: Klepter Rosa, Paulo José e Fábio Augusto.

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