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Postalis é alvo de operação da PF. Prejuízo passa de R$ 16 milhões

Policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Paraná e em São Paulo

Brasília|Priscila Mendes e Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Sede da PF em Brasília
Sede da PF em Brasília Sede da PF em Brasília

O Postalis - Instituto de Previdência Complementar, fundo de pensão dos Correios, é alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta sexta-feira (17). A operação, chamada Amigo Germânico, é resultado de uma investigação sobre crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, contra o sistema financeiro nacional e corrupção. No total, 44 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Paraná e em São Paulo.

Entre as medidas autorizadas pela Justiça, estão o bloqueio de bens dos investigados que chegam ao valor de mais de R$ 16,1 milhões, valor dos prejuízos apurados pelos policiais até agora. De acordo com a PF, gestores do Postalis recebiam dinheiro em troca de indicação de empresas que seriam escolhidas como administradora dos recursos dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios Não Padronizados – FIDC NP. Os alvos tinham o respaldo de pareceres jurídicos elaborados por pessoas que possuíam interesse direto nessas indicações.

As empresas indicadas para administrar os Fundos de Investimento direcionavam as taxas de rebate, uma espécide de comissão destinada a quem vende as cotas de participação em fundos de investimentos. Os valores eram divididos entre os responsáveis pelas indicações. Eles também poderiam atuar no aconselhamento técnico-jurídico da entidade. Além disso, por meio de transações dissimuladas, foram direcionadas outras vantagens indevidas aos gestores do fundo de pensão dos Correios. 

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva e ativa. As penas somadas chegam a 42 anos de reclusão.

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O nome da operação da PF faz alusão ao codinome de um dos investigados, referenciado pelos demais membros do grupo como “Amigo Alemão”. As investigações, em parceria com o Ministério Público Federal, apontam ainda que os prejuízos foram admitidos pelos alvos investigados e agravaram a situação já deficitária da entidade.

Em 2018, a PF e o Ministério Público Federal deflagaram outra operação contra o Postalis para desarticular um grupo responsável por desviar recursos do fundo de pensão dos empregados dos Correios. Na época, o banco norte-americano BNY Mellon foi um dos alvos e foram realizadas buscas e apreensão na casa do ex-presidente do fundo Alexej Predtechensky. 

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Os Correios informaram, por meio de nota, que a operação é um desdobramento de investigações de 2018, que abrangem os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios Não Padronizados (FIDC NP). A estatal ressaltou que firmou um acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal para prevenir e combater ilegalidades.

"A gestão atual mantém estreita parceria com os órgãos de controle das instituições públicas. A empresa não foi informada da operação e segue apoiando integralmente as autoridades com informações e dados que as auxiliem a esclarecer as causas dos prejuízos a seus empregados e ao bem público", diz o texto.

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Já o Instituto Postalis disse que a operação é "uma notícia positiva para o Postalis, seus participantes e patrocinador porque se trata de mais uma das ações que vêm sendo realizadas nos últimos anos para a recuperação de prejuízos causados por gestões passadas e responsabilização dos culpados."

"Estas operações são embasadas em informações e documentos enviados ao Ministério Público pelo próprio Postalis com a expectativa de que os responsáveis sejam punidos e os recursos sejam devolvidos ao Fundo de Pensão", segue o texto do instituto.

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