Brasília Saiba quem já foi confirmado na equipe de transição de Lula

Saiba quem já foi confirmado na equipe de transição de Lula

Por lei, governo eleito pode nomear 50 comissionados para levantar informações e preparar início da próxima gestão

  • Brasília | Do R7, em Brasília

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A campanha do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai anunciar, nesta terça-feira (8), parte dos integrantes da equipe de transição durante reunião marcada para ocorrer às 15h30 no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. 

Segundo a lei que define os trâmites do processo, o governo eleito tem direito a 50 cargos comissionados para levantar informações e preparar os primeiros atos da próxima gestão. Até o momento, apenas o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi nomeado para compor o grupo. Ele será o responsável por coordenar o processo de transição.

Apesar disso, alguns nomes já confirmaram que farão parte do processo. O deputado federal eleito, Guilherme Boulos (PSOL-SP), divulgou nas redes sociais que se juntará ao grupo para debater os temas de habitação no governo petista.

Ele deverá assumir o núcleo de Cidades e Habitação, função escolhida em razão da atuação do deputado eleito, que coordena o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, deverá se juntar a Boulos, como outra representação partidária.

Leia mais: Governo eleito pretende apresentar a PEC da Transição nesta terça-feira

Anunciada anteriormente, a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), fica na coordenação, com foco voltado às articulações políticas. Já o ex-ministro Aloizio Mercadante tem função mais técnica na coordenação. Ambos têm papel importante no governo e devem assumir posições de liderança com o fim do período de transição.

A futura primeira-dama, Rosângela Silva, conhecida como "Janja", também integrará a equipe, ficando responsável pelos preparativos da posse de Lula.

O senador Paulo Rocha (PT-PA) ficará na retaguarda da equipe, fazendo a mediação entre a transição e o Senado. Já o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) terá a mesma função, só que fazendo a articulação com a Câmara.

Peça-chave da campanha de Lula no segundo turno, a ex-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS) vai colaborar com a área de desenvolvimento social. A senadora também é forte candidata a liderar algum dos ministérios do presidente eleito, com possibilidade de assumir o Ministério do Meio Ambiente, da Cidadania, da Educação ou o da Agricultura. 

A presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, também anunciou que estará na equipe de Lula. "Vamos juntos preparar a reconstrução do nosso país", disse ela.

O procurador da Fazenda Nacional Jorge Rodrigo Araújo Messias, o "Bessias", deverá ser o coordenador jurídico do governo de transição. Há a especulação de que ele pode se tornar o próximo Advogado-Geral da União. Bessias ficou conhecido em 2016, quando o então juiz Sergio Moro divulgou um telefonema grampeado de uma conversa entre a ex-presidente Dilma Rousseff e Lula. 

Participantes da criação do Plano Real, os economistas André Lara Resende e Pérsio Arida foram convidados para integrar a equipe, com foco na parte econômica e no remanejamento dos recursos distribuídos no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Também farão parte da equipe de transição: o senador eleito Wellington Dias (PT), o senador Marcelo Castro (MDB-PI) e o deputado Enio Verri (PT-PR).

Gleisi oficializa aliança com MDB e PSD

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou nesta terça-feira (8) que convidou o MDB e o PSD para integrar a equipe de transição do governo. Mais cedo, ela se reuniu com o presidente do MDB, Baleia Rossi, e disse que acredita ser "muito importante ter os partidos nesse processo".

Segundo a presidente do PT, na quarta-feira (9), serão formalizados os nomes de dez partidos que participaram do processo eleitoral e estarão no conselho político de transição. Ao todo, serão formados 33 grupos de trabalho para a transição de governo.

"O MDB pode ajudar muito na questão da agenda nesse processo de transição. O partido tem espírito colaborativo muito grande para que a gente possa avançar nas pautas para o país", disse Baleia Rossi. No entanto, segundo o presidente da legenda, o convite ainda será discutido com líderes do partido.

Últimas