Brasília Saúde do DF cria comitê de emergência para discutir casos de varíola do macaco

Saúde do DF cria comitê de emergência para discutir casos de varíola do macaco

Distrito Federal tem 16 casos confirmados e 40 suspeitos da doença

  • Brasília | Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Laboratório Central

Laboratório Central

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A Secretaria de Saúde anunciou nesta sexta-feira (29) a criação do Comitê Operacional de Emergências (COE) Monkeypox, que vai concentrar esforços para o combate à varíola do macaco no Distrito Federal. O grupo deve se reunir na próxima semana.

Há uma semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência global de saúde para tentar conter o surto da doença. Este é o mais alto nível de alerta. A medida alerta para a necessidade de uma resposta internacional coordenada, para que governos adotem ações integradas.

Nos últimos dias, com o avanço dos diagnósticos, o DF adotou outras mudanças na estratégia de contenção da varíola do macaco. Uma delas foi habilitar o Laboratório Central (Lacen-DF) para processar as amostras coletas em testes para diagnóstico da doença. A unidade tem capacidade de realizar 96 exames por semana.

A expectativa é de que a alteração acelere em uma semana a definição dos resultados. A previsão é de que as coletas sejam encaminhadas ao Lacen a partir desta segunda-feira (1º). Antes, os exames eram remetidos a um laboratório de referência na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A Saúde também pretende aperfeiçoar o plano de contingência, e reservar leitos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) para tratar os pacientes mais graves acometidos pela infecção. Segundo a secretaria, 16 casos foram confirmados no DF e outros 40 estão sob investigação. Todos são homens entre 20 e 39 anos. 

Atualmente, o padrão de transmissão da varíola do macaco está associado com atividade sexual (95% dos casos), conforme mostrou um estudo publicado na semana passada no The New England Journal of Medicine, conduzido em 16 países. Mas a doença também se espalha pelo contato direto com as lesões na pele da pessoa infectada, objetos contaminados ou com fluidos corporais e secreções respiratórias.

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