Silveira cobra atuação da ANP e pede ‘mais vigor’ na fiscalização do setor de combustíveis
Segundo o ministro, organizações criminosas usam o setor para lavagem de dinheiro
Brasília|Do R7, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou a atuação da ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás) e pediu “mais vigor” na fiscalização de crimes no setor de combustíveis. Segundo Silveira, organizações criminosas usam o setor para lavagem de dinheiro. A fala foi feita nesta sexta-feira (8) durante o lançamento da consulta pública do Plano Decenal de Expansão de Energia.
“A maior prioridade, na visão do ministro de Minas e Energia hoje, é que o crime organizado não continue avançando e lavando dinheiro no setor de combustíveis no Brasil. Nós precisamos buscar, através dessa palavrinha mágica que é a inquietude, fazer entrega e deixar legado, porque nós somos passageiros. Eu cobro mais vigor delas [agências] porque, além de reguladoras, são também as fiscalizadoras dos setores de que nós somos responsáveis”, afirmou.
Durante a fala, o ministro ressaltou a importância das agências para a regulação e estabilidade do setor, mas apontou que a atuação de diretores não acompanha as urgências do país. Além da crítica, Silveira voltou a cobrar a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em questões relacionadas ao cumprimento de políticas públicas.
“Há que se respeitar o formulador de política pública, que é o governo federal. A Aneel e as demais agências reguladoras têm de trabalhar no sentido de executar e regular as políticas ditadas pelo formulador, que é o presidente da República e, no caso do setor elétrico e outras questões que envolvam o assunto, o Congresso Nacional”, disse.
Planejamento energético
No lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia, o ministro comentou, ainda, sobre a retomada do planejamento energético e destacou a projeção de injetar R$ 3,2 trilhões no setor nos próximos dez anos.
“A estimativa de injeção é de R$ 3,2 trilhões em nossas áreas de atuação, em petróleo, gás e biocombustíveis, nas linhas de transmissão, na geração de energia, na produção de combustíveis e na nova indústria verde. É isso que torna a nossa transição energética mais justa e mais inclusiva. Isso é criação de emprego e renda, é ênfase numa indústria competitiva, é incentivo às novas tecnologias energéticas, isso é combate à pobreza energética”, afirmou.