Três mulheres concorrem à reitoria da UnB; veja candidatas e onde votar
Votação é feita presencialmente nesta terça e quarta e é voltada a estudantes, professores e servidores
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
As eleições para a reitoria da UnB (Universidade de Brasília) acontecem nesta terça-feira (20) e quarta-feira (21) com três mulheres disputando o cargo para a gestão 2024-2028. Podem votar estudantes, professores e servidores da universidade. A nomeação da nova reitora e do novo vice-reitor é feita pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas historicamente a comunidade participa da votação e escolhe os nomes preferidos para o cargo.
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Veja as chapas concorrentes:
Pensar e Fazer a UnB (90)
- Candidata a reitora: Olgamir Amancia Ferreira
- Candidato a vice-reitor: Gustavo Adolfo Sierra Romero
A UnB que Queremos (99)
- Candidata a reitora: Maria Fátima de Sousa
- Candidato a vice-reitor: Paulo Celso dos Reis Gomes
Imagine UnB: Participar e Transformar (93)
- Candidata a reitora: Rozana Reigota Naves
- Candidato a vice-reitor: Márcio Muniz de Farias
Caso nenhuma das chapas alcance maioria absoluta dos votos, haverá um segundo turno marcado para 2 e 3 de setembro. A votação é feita presencialmente em 16 seções espalhadas pelo campus da UnB, conforme o curso de cada estudante e setor dos servidores e professores (confira locais aqui). O voto é feito em cédula de papel, facultativo e secreto.
A decisão da reitora é importante porque ela responde pela administração geral da UnB e é responsável por articular convênios e parcerias para ampliar e divulgar as atividades cientificas e tecnológicas da universidade. A nova reitora estará a frente dos interesses educacionais, econômicos e culturais da instituição.
Conheça os candidatos e propostas
Olgamir Amancia Ferreira - Chapa 90 - Pensar e Fazer UnB
Decana de Extensão da UnB desde 2016, Olgamir é professora associada no curso de Licenciatura em Ciências Naturais, campus de Planaltina, e coordenadora do Projeto de Extensão e Ação Contínua Educação Ambiental no Parque Recreativo Sucupira. Nasceu em Cavalcante (GO), filha de um produtor rural e uma professora, numa família de sete irmãos. Mudou-se para Brasília, fez graduação em Licenciatura Plena em Ciências, com habilitação em Matemática, no UniCeub (1985), e tornou-se professora na rede pública de ensino do Distrito Federal. Na UnB, concluiu mestrado (2002) e doutorado (2009) em Educação. Entre outros cargos, foi secretária da Mulher no Governo do Distrito Federal, coordenadora da área de Educação e Linguagens na Faculdade UnB Planaltina (FUP) e membro do Conselho Superior do IFB.
Principais propostas:
- Simplificar a tramitação de processos de projetos acadêmicos e de desenvolvimento institucional e inovação;
- Ampliar e fortalecer a participação estudantil na Comissão Permanente da Ação Orçamentária 4002, responsável pela formulação e o acompanhamento orçamentários relacionados à assistência estudantil; e
- Implementar o Programa de Incentivo à Qualificação de Técnicos e Técnicas.
Maria Fátima de Sousa - Chapa 99 - A UnB que Queremos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba, onde fez residência em Medicina Preventiva e Social e mestrado em Ciências Sociais, Fátima concluiu o doutorado em Ciências da Saúde na UnB e pós-doutorado na Universidade Nova de Lisboa e na Université du Québec à Montréal. Recebeu o título de Doutora Honoris Causa da UFPB em 2014 pela contribuição à redemocratização do movimento estudantil. É professora associada IV do Departamento de Saúde Coletiva da UnB. Na instituição, coordenou o Núcleo de Estudos em Saúde Pública, ajudou a criar o Campus de Ceilândia e o curso de Saúde Coletiva, além de coordenar o Mestrado Profissional em Saúde Coletiva. Dirigiu a Faculdade de Ciências da Saúde (FS) de 2014 a 2018, desenvolvendo projetos e parcerias internacionais, e integrou o Conselho Universitário e outros grupos de trabalho. Recebeu prêmios como a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz, Prêmio Dom Helder Câmara, e o Prêmio Sérgio Arouca da OPAS.
Principais propostas:
- Revisar os contratos de prestação de serviço, com destaque para o RU (Resturante Universitário) e Transporte (Intercampi);
- Acelerar a implantação da Política de Proteção às mães/mulheres, com prioridade para creche, espaços de amamentação e convivência; e
- Revitalização dos laboratórios e incentivos aos jovens pesquisadores.
Rozana Reigota Naves - Chapa 93 - Participar e Transformar
Rozana nasceu e foi criada em Taguatinga, graduada em Letras pela Universidade Católica, fez mestrado e doutorado em Linguística na UnB. Desde 2006, é professora no Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas. Atuou em projetos de educação linguística, documentação de línguas indígenas e descrição da língua de sinais brasileiras. Ela também atuou como coordenadora institucional no Programa de Consolidação das Licenciaturas da CAPES e liderou um grupo de trabalho na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Letras e Linguística. Já foi responsável pela direção do Instituto de Letras e do Decanato de Administração da UnB e coordena atualmente o Programa de Pós-Graduação em Linguística.
Principais propostas:
- Implementar mecanismos e instâncias de participação democrática da comunidade universitária, incluindo o orçamento participativo;
- Melhorar a qualidade do ensino de graduação e de pós-graduação, pesquisa e extensão, em articulação com a inovação e a internacionalização, comprometidos com a justiça socioambiental;
- Reorganizar a governança em infraestrutura e simplificar processos em geral, reduzindo a sobrecarga de docentes e técnicos.