O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirmou nesta terça-feira (19) que as três propostas sobre as eleições feitas pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e pelo coronel Marcelo Nogueira de Souza já foram analisadas e consideradas. O ministro da Defesa voltou a questionar na última quinta-feira (14), em uma audiência pública no Senado, a segurança das urnas. Antes disso, no último dia 6, o ministro havia ido a uma comissão na Câmara dos Deputados, ocasião em que também pôs em dúvida a lisura do processo eleitoral. "Sabemos muito bem que esse sistema eletrônico necessita sempre de aperfeiçoamento. Não há programa imune a ataque, imune a ser invadido. Tem os bancos que gastam milhões com segurança. Eu tive meu cartão clonado há três semanas. A minha esposa, no ano passado. Isso é fato", afirmou. De acordo com o TSE, o teste de integridade é feito no dia da eleição como parte do calendário de auditorias do sistema eletrônico. A corte destaca que o procedimento é regulamentado por norma específica, que é cumprida com rigor pelos técnicos da Justiça Eleitoral e pelo pessoal de apoio logístico. Nas eleições deste ano, o tribunal ressalta também que "multiplicou por seis a quantidade de urnas que serão avaliadas durante o teste". Outro aspecto destacado pelo TSE é que o Ciclo de Transparência das Eleições teve início um ano antes das eleições 2022. O código-fonte das urnas foi disponibilizado para a fiscalização das entidades habilitadas, entre elas as Forças Armadas. Nas eleições anteriores, isso acontecia seis meses antes da votação. CONFIRA NA GALERIA SETE BOATOS JÁ DESMENTIDOS SOBRE AS URNAS ELETRÔNICAS" gallery_id="5fad31201df97bce85000a49" url_iframe_gallery="noticias.r7.com/brasilia/tse-esclarece-que-propostas-das-forcas-armadas-foram-analisadas-19072022"] O órgão esclareceu ainda que não existe a possibilidade de introdução de qualquer código malicioso no sistema, já que "o código-fonte é continuamente inspecionado pelas instituições que acompanham o desenvolvimento dos programas". Tal código já tem passado por inspeções fora das dependências do tribunal por três universidades: Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O TSE informou que formalizou processo administrativo para coordenar os esforços de fiscalização. Uma reunião técnica com as entidades fiscalizadoras que quiserem acompanhar as eleições foi marcada para o dia 1° de agosto. A corte eleitoral instituiu, em setembro de 2021, a CTE (Comissão de Transparência das Eleições) e o OTE (Observatório de Transparência Eleitoral). Além disso, o TSE contou com a auditoria externa feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que referendou, de forma unânime, a segurança do sistema eletrônico de votação. De acordo com o TCU, o TSE "tem planos suficientes para prevenir, detectar, obstruir e neutralizar qualquer ação que ameace a segurança dos votos". De acordo com o órgão, "a função desempenhada pelo RDV (Registro Digital do Voto) – que armazena os votos exatamente como foram digitados na urna, porém embaralhados entre cada cargo para preservar o sigilo de quem vota – permite a recontagem por parte dos partidos políticos e demais entidades interessadas".* Com informações do TSE