UnB inaugura exposições com réplica de fóssil de dinossauro de 13 metros de comprimento
Visitas guiadas para escolas serão realizadas durante todo o ano, das 9h às 17h, e devem ser agendadas no site do Museu de Biologia
Brasília|Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília
O MBio da UnB (Museu de Biologia da Universidade de Brasília) realizou de 6 a 11 de maio a mostra “Desvendando a Vida: Semana do Ensino e da Divulgação Científica”. O destaque do evento é a réplica de um fóssil de dinossauro de 13 metros de comprimento, impressa em 3D. O titanossauro, apelidado de Tito pelo museu, foi encontrado em Marília (SP), numa região que foi cerrado há cerca de 75 milhões de anos.
A mostra inaugura as exposições “Jardins do Cerrado”, que apresenta de forma lúdica a biodiversidade do bioma, e “Jardim do Cretáceo”, que recria um sítio paleontológico. As exposições ficarão no MBio por tempo indeterminado. As visitas guiadas para escolas serão realizadas durante todo o ano, das 9h às 17h, e devem ser agendadas no site do Museu de Biologia.
O esqueleto do titanossauro está no chão do IB (Instituto de Biologia da UnB), simulando a forma como os fósseis são encontrados na natureza. A experiência também está disponível em realidade virtual, que apresenta diversas espécies de dinossauro e o habitat delas no período. A cópia da ossada foi feita pelo MBio e o Laboratório de Paleontologia da UnB Planaltina e impressa em 3D no Laboratório Aberto da Faculdade de Tecnologia da UnB.
O “Jardins do Cerrado” é a parte da exposição que mostra a flora e fauna do bioma brasileiro. Nessa etapa, o público tem contato com plantas nativas cultivadas no Jardim Louise Ribeiro, e podem conhecer os animais que vivem no jardim. Também estão espalhadas pelo local pegadas de mamíferos.
Segundo a diretora do MBio, Julia Klaczko, a iniciativa traz a diversidade do Brasil para o público. “A gente quer mostrar a beleza do cerrado, ajudar as pessoas a conservá-lo e, também, mostrar que existiram dinossauros no Brasil”, afirma.
Vários monitores estão espalhados pelo museu para explicar e tirar dúvidas. O trabalho é feito pelos alunos de biologia, museologia e cursos relacionados. Julia conta que essa experiência complementa o aprendizado recebido no curso. “A ideia é que a gente aprende ensinando. Nossos alunos aprendem muito com esse contato”, disse.
Inclusão e interatividade
As exposições disponíveis no MBio são adaptadas para incluir neurodivergentes, PCDs e daltônicos. Todos os painéis informativos são baixos para se ajustar ao olhar de crianças e cadeirantes. As cores dos materiais visuais são adaptadas para que daltônicos consigam diferenciar as cores.
Para que as instruções sobre os pontos visitados sejam de fácil compreensão, o pessoal do museu é treinado para ajustar a linguagem usada de acordo com a faixa etária e necessidade do público recebido.
Além de inclusivas, várias partes da exposição são interativas e incentivam os visitantes a observar, sentir e investigar.
*Sob supervisão de Fausto Carneiro