Brasília UnB: regiões mais pobres tiveram mais desemprego, diz observatório

UnB: regiões mais pobres tiveram mais desemprego, diz observatório

Pesquisa do Observa DF, vinculado ao Instituto de Ciência Política da UnB, apontou impactos socioeconômicos na pandemia 

  • Brasília | Giovana Cardoso*, do R7, em Brasília

Segundo pesquisa, as taxas de desemprego nas regiões mais pobres são maiores

Segundo pesquisa, as taxas de desemprego nas regiões mais pobres são maiores

Mauro Pimentel/AFP - 28.06.2019

Uma pesquisa realizada pelo Observa DF (Observatório de Políticas Públicas do Distrito Federal) mostrou que as taxas de desemprego foram maiores entre a população de baixa renda na capital. O projeto, que tem como objetivo analisar os diversos cenários socioeconômicos da região durante a pandemia da Covid-19, foca principalmente as vítimas de vulnerabilidade estrutural.

Segundo o levantamento, enquanto a taxa de desemprego da população com renda média/alta ficou em 15,8% em abril de 2020, um mês após as primeiras mortes em decorrência da Covid-19 na capital, o número relacionado à população de renda baixa foi quase o dobro, 30,1%.

Os dados apresentados na pesquisa ainda revelam que a atividade de serviços é predominante no DF. Segundo uma das pesquisadoras, Andrea Felippe, esse é um indicativo negativo em um período pandêmico. “Parte desses serviços depende de atividades presenciais, e as medidas contra aglomeração atingiram muito fortemente esse setor”, disse.

Os pesquisadores mencionam que, como as regiões periféricas apresentam menos oportunidades de emprego quando comparadas à região central, os pequenos serviços foram os mais afetados após o surgimento das restrições.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a conclusão do estudo revela que os problemas de desigualdade de renda são questões estruturais. “Dizemos estruturais porque elas seriam anteriores à pandemia, e essa crise que vivemos agora apenas teria reforçado esse processo”, afirma.

O Observa DF apresentará outras 11 pesquisas ao longo dos meses, focando a análise de seis principais eixos – entre eles, políticas públicas em áreas prioritárias, política orçamentária e gastos públicos.

*Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro

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