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Veja íntegra do JR Entrevista com a diretora da Penitenciária Federal em Brasília

Amanda Teixeira deu detalhes de como funciona uma penitenciária federal e uma prisão de segurança máxima

Brasília|Do R7


A convidado do JR Entrevista, que vai ao ar às 19h45 desta quinta-feira (16), é a diretora da Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), Amanda Teixeira. À jornalista Natalie Machado, ela falou sobre o funcionamento do sistema penitenciário federal e sobre como é feita a determinação de quais detentos são transferidos. "O preso que está conosco é um preso que ou liderou essa facção em seu estado, ou se envolveu em uma situação, num evento de fuga, de rebelião, ou ele pode ter uma necessidade de estar conosco por questão de segurança pessoal" explicou.

A diretora falou ainda sobre Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), e detentos de outras facções que estão na penitenciária: "Várias facções criminosas estão no sistema penitenciário federal. Não é apenas o PCC. Facções criminosas como o Comando Vermelho, facções que têm articulação internacional, como no caso da máfia italiana. Então, a gente tem vários e vários presos de altíssima periculosidade."

Como primeira mulher a assumir a direção de uma penitenciária federal no Brasil, Teixeira falou sobre a posição de comando no combate ao crime organizado no país. "Eu sei o quão competentes são as minhas colegas, eu conheço muitas policiais de várias forças e o espaço da segurança pública é um espaço muito difícil para muitas mulheres. Então, estar na direção de uma penitenciária federal, num espaço de gestão, é um motivo de orgulho", esclareceu.

Ressocialização e importância da educação

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Sobre a ressocialização, a diretora explicou que pela lei de execução penal, o estado precisa dar todas as garantias legais com relação às assistências do preso. "O preso é quem tem que dizer se ele pode ser ressocializado. O preso do sistema penitenciário federal não é diferente. Ele tem que ter todas as garantias na penitenciária federal", afirmou.

Segundo Teixeira, os detentos não devem perder os direitos, como o da educação: "Todas as pessoas têm direito. São políticas públicas diferentes. E a sociedade precisa estar preparada para fazer esse debate. A pessoa que está presa não perde os seus direitos. Ela precisa continuar mantendo os seus direitos. O único direito que ela perde é a liberdade. Ela só perde o direito de ir e vir."

A superlotação dos presídios também foi abordado pela diretora, que apontou que há um projeto para que medidas alternativas sejam aplicadas. "Da década de 90 para cá a gente passou de 90 mil presos para 720 mil pessoas presas. Em que pese a gente estar caminhando nacionalmente para temas como aplicação de medidas alternativas à prisão, ainda assim há um grande encarceramento. Tem reduzido, mas muito pouquinho ainda. É um tema que nos preocupa", finalizou.

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