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Coluna do professor Trindade trata sobre emprego dos pronomes

Emprego dos pronomes Acerca dos pronomes, a tendência dos concursos é cobrar

Cidades|

Emprego dos pronomes

Acerca dos pronomes, a tendência dos concursos é cobrar o emprego daqueles. Destacaremos os pronomes pessoais.

Os pronomes oblíquos ME, NOS, TE, VOS e SE podem indicar que uma ação praticada pelo sujeito se reflete no próprio sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são chamados reflexivos:

O homem SE machucou (machucou a si mesmo).

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Os pronomes oblíquos SI e CONSIGO só podem ser usados como REFLEXIVOS. Portanto está errado dizer: eu quero falar CONSIGO. O certo é: quero falar COM VOCÊ. Agora, você pode dizer: ele trouxe o caderno CONSIGO (= com ele mesmo).

Os pronomes oblíquos NOS, VOS e SE quando significam UM AO OUTRO indicam reciprocidade (troca). Nesse caso, são chamados PRONOMES REFLEXIVOS RECÍPROCOS.

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Ex.: Os políticos se abraçavam em plenário.

Os pronomes EU e TU não podem ser OBLÍQUOS; SÓ PODEM EXERCER A FUNÇÃO DE SUJEITO, não admitindo a companhia de preposição.

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ATENÇÃO: É ERRADO dizer: entre eu e tu não existe mais nada. O CERTO é: entre MIM e TI não existe mais nada.

É ERRADO dizer: entre eu e você não existe mais nada. O CERTO é : entre MIM e você não existe mais nada.

Atenção: Está errado dizer: Este trabalho é para mim fazer. O certo é: Este trabalho é para EU fazer. É preciso, no entanto, atentar para o seguinte fato: Se eu disser:

“Não é difícil para mim, fazer este trabalho”, a frase estará correta, porque, aqui, a oração está na ordem inversa. A ordem direta seria: “Fazer este trabalho não é difícil para mim”. Nota-se, então, que a situação é diferente; não se está usando a expressão “para mim fazer”.

Muita atenção para o seguinte:

Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos de 3ª pessoa apresentam as seguintes formas:

a) o, a, os, as – se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral.

Ex.: Vejo-a perto de mim.

Encontrei-as na festa.

b) lo, la, los, las

– Se o verbo terminar em R, S ou Z, perde a consoante:

Vou encontrar a moça.

Vou encontrá-la.

– Se vierem depois do vocábulo “EIS” e dos pronomes “NOS” e “VOS”.

Eis a prova do crime. Ei-la.

O tempo nos dirá a resposta. O tempo no-la dirá.

“Eis”, “nos” e “vos” perdem, no caso, o “S” final.

c) no, na, nos, nas – se o verbo terminar em ditongo nasal.

Eles fizeram o concurso. (am = ditongo nasal).

Eles fizeram-no.

Quando usados com a preposição COM, os pronomes NÓS e VÓS assume a forma CONOSCO E CONVOSCO. Mas se vierem acompanhados por um modificador, como todos, outros, mesmos, próprios ou um numeral, não se alteram.

Ex.: Ela sairá conosco hoje.

Ela sairá com nós todos.

Ela sairá com nós dois.

As preposições DE e EM podem contrair-se com os pronomes retos de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas), resultando as formas DELE, DELA, DELES, DELAS, NELE, NELA, NELES, NELAS.

Abra a bolsa. Nela está o material.

A bolsa dela está vazia.

ATENÇÃO:

Quando os pronomes exercem a função de sujeito, com as preposições referindo-se ao INFINITIVO, a contração NÃO SE REALIZA:

Já é hora de ela saber que eu a amo (frase certa).

Já é hora dela saber que eu a amo (frase errada).

Os pronomes átonos me, te, lhe, nos , vos podem ser empregados como POSSESSIVOS (dando ideia de posse).

Ela beijou-ME a boca e eu afaguei-LHE os cabelos.

PRONOMES DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento são pronomes pessoais usados no tratamento cerimonioso e cortês. Os principais são:

VOSSA EXCELÊNCIA (V. Exa):

Autoridades de alta relevância: juízes, desembargadores, promotores, governadores, prefeitos, Presidente da República, oficiais de alta patente, etc.

VOSSA SENHORIA (V. Sª):

Oficiais de menor patente, funcionários graduados e na linguagem comercial.

VOSSA SANTIDADE (V. S.):

Papa.

– VOSSA EMINÊNCIA (V. Emª):

Cardeais.

VOSSSA REVERENDÍSSIMA (V. Revma):

Sacerdotes.

VOSSA ALTEZA (V. A.):

Príncipes, Duques.

VOSSA MAGNIFICÊNCIA (V. Magª):

Reitores.

Ainda são pronomes de tratamento: VOCÊ(s); SENHOR, SENHORA, SENHORES, SENHORAS.

Os pronomes de tratamento correspondem a pronomes pessoais, levando o verbo para a 3ª PESSOA. Portanto, você dirá:

Vossa Excelência esqueceu SUA pasta na mesa.

Você deve usar VOSSA quando estiver falando COM A PRÓPRIA PESSOA e usar SUA, quando estiver falando A RESPEITO DA PESSOA.

Ex.: Vossa excelência viajará hoje mesmo (falando com o governador)?

Sua excelência disse que não viajará mais hoje (falando a respeito do governador).

PRONOMES POSSESSIVOS

São os que se referem às três pessoas gramaticais indicando o que cabe ou pertence a elas.

Há uma RELAÇÃO entre os pronomes possessivos e os pessoais, sendo OBRIGATÓRIA a correspondência dessas relações.

EMPREGO

Quando usado ao lado de pronomes de tratamento, o possessivo deve ficar na 3ª pessoa (singular ou plural), e não na 2ª do plural. Assim, o certo é dizer: Vossa senhoria deixou SUA (e não vossa!) bolsa na gaveta.

Os pronomes possessivos SEU(s) e SUA(s) podem se referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala) como à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala). Essa dupla possibilidade pode dar AMBIGUIDADE (duplo sentido) à frase, como no exemplo:

Paulo, Janete não fez o trabalho porque deixou o caderno na sua casa (casa de quem?).

Para evitar a ambiguidade, deve-se trocar o SEU (SUA) por dele ou dela.

Os pronomes possessivos às vezes podem ser substituídos por oblíquos correspondentes.

Ele beijou-me a boca (= beijou minha boca).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Indicam a posição ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais.

Ex.: Aquela moça é triste.

ATENÇÃO

Podem, também, funcionar como demonstrativos: o(s), a(s), mesmo(s), mesma(s), semelhante(s), tal e tais.

Ex.: Amo-te. Não o sabias? (o = isto).

Quem diz o que realmente sente é feliz. (o = aquilo).

Tais coisas não se dizem a uma mulher. (tais = essas).

EMPREGO

a) NO ESPAÇO:

Este(s), esta(s) e isto são usados para indicar que o ser está perto de quem fala.

Ex.: Este livro que tenho nas mãos é raro.

Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar que o ser está perto de quem ouve.

Ex.: Esse livro que você tem é raro.

Aquele(s), aquela(s) e aquilo são usados para indicar que o ser está longe de quem fala e de quem está ouvindo.

Ex.: Aquela bolsa é sua?

b) NA FRASE:

No texto, este(s), esta(s) e isto são usados para indicar algo que ainda vai ser falado (ou escrito).

Ex.: Meu problema é este: apaixonar-me demais.

Esse(s), essa(s), e isso são usados para indicar algo que já foi falado.

Ex.: Apaixonar-me demais. Esse é o meu problema.

Para fazer referência comparativa a dois elementos já citados na frase, usa-se ESTE para indicar o elemento mais próximo e AQUELE para indicar o mais distante.

Ex.: André e João são bons alunos; este mais estudioso do que aquele.

ESTE = João. AQUELE = André

c) NO TEMPO:

“Este(s)” e “esta (s)” são usados para indicar tempo (data) próximo. Esse(s) e essa(s) para datas mediamente distantes e aquele(s), aquela(s) para datas muito distantes:

Ex.: Este ano (ano atual) promete ser bom.

Comprei um carro no ano passado. Nesse ano, ganhei um bom dinheiro.

Getúlio suicidou-se em 1954. Naquele ano, o povo ainda venerava os políticos; daí, a comoção.

PRONOMES INDEFINIDOS

São os que se referem à 3ª pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando considerada de modo vago e indeterminado.

Ex.: Ele acredita demais no que certas pessoa lhe dizem.

OBSERVAÇÃO: Um pronome indefinido pode ser representado por expressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões são denominadas LOCUÇÕES PRONOMINAIS. As mais comuns são: qualquer um; todo aquele que; um ou outro; cada um; seja quem for.

Ex.: Qualquer um pode fazer apostas.

PRONOMES INTERROGATIVOS

São aqueles empregados para se fazer uma pergunta direta ou indireta. Referem-se, também, à terceira pessoa gramatical.

Ex.: Que horas são?

“Quantos olhos você tem pra me falar?”

PRONOMES RELATIVOS

São os que se referem a um termo anterior (SUBSTANTIVO), substituindo-o na oração seguinte.

Ex.: O menino adoeceu. O menino se chama Carlinhos.

O menino (antecedente) que adoeceu se chama Carlinhos.

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OBSERVAÇÕES

Como relativo, o pronome QUE é substituído por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”.

Ex.: Já li o livro que comprei. (que = o qual)

Há frases em que a palavra antecedente, repetida pelo pronome relativo, é representada pelos demonstrativos O, A, OS, AS.

Ex.: Ele sempre consegue o que deseja. (o = aquilo)

O relativo QUEM somente é usado em relação a pessoas e aparece precedido de preposição.

Ex.: O cantor de (preposição) quem lhe falei chegou.

O relativo CUJO (e variações) é, normalmente, empregado entre dois substantivos, estabelecendo, entre eles, uma RELAÇÃO DE POSSE.

Ex.: Comprei um terreno CUJA frente está murada.

ATENÇÃO: Após o pronome cujo (e variações) NÃO SE USA ARTIGO. Por isso, deve-se dizer: visitei a escola cujo diretor morreu; e não, “cujo o”.

O relativo ONDE somente se refere a lugar e equivale a em que.

Ex.: Conheci o lugar onde você nasceu. (ONDE = em que)

Quanto(s) e quanta(s) somente são pronomes relativos se estiverem precedidos dos indefinidos TUDO, TANTO(s), TANTA(s), TODO(s) e TODA(s).

Ex.: Ele sempre obteve tudo quanto quis.

ATENÇÃO: Na reunião de frases com pronome relativo é preciso MANTER a estrutura original da frase. Isso quer dizer que se o verbo ou nome exigir preposição, o pronome relativo estará acompanhado da preposição.

Exemplos de reuniões de frases através do pronome relativo:

a) Visitei a casa. Você nasceu na casa.

Visitei a casa ONDE você nasceu. (Em que; na qual).

b) Eu tenho o livro. Você gosta do livro.

Tenho o livro DE QUE você gosta.

c) Nós visitamos a chácara. O dono da chácara é meu amigo.

Visitamos a chácara CUJO dono é meu amigo.

d) A fábrica é ali. Os flagelados se abrigaram sob o teto da fábrica.

A fábrica sob CUJO teto os flagelados se abrigaram é ali.

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