O aumento de casos suspeitos de dengue fez com que quatro estados e o Distrito Federal decretassem estado de emergência. A última situação foi decretada nesta segunda-feira (5), pelo Rio de Janeiro. Completam a lista Goiás, Minas Gerais, Acre e o DF. Segundo o Ministério da Saúde, essas unidades juntas já registraram 158.231 casos prováveis, 15 mortes confirmadas pela doença e 124 em investigação. A emergência é decretada quando existe uma situação anormal, que cause "prejuízos que impliquem […] capacidade de resposta do poder público do ente atingido", consta no decreto n.º 7.257, de agosto de 2010. Na prática, a situação permite que os estados e o DF tenham acesso a recursos financeiros federais de forma facilitada, possam fazer compras sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para custear ações de combate à doença.Veja a relação por região abaixo*: • Distrito FederalEmergência declarada em 25 de janeiro Casos prováveis: 32.334 Mortes confirmadas: 6 Mortes em investigação: 29 • AcreEmergência declarada em 5 de janeiro Casos prováveis: 3.808 Mortes confirmadas: 0 Mortes em investigação: 0 • Minas GeraisEmergência declarada em 27 de janeiro Casos prováveis: 88.587 Mortes confirmadas: 5 Mortes em investigação: 52 • Rio de JaneiroEmergência declarada em 5 de fevereiro Casos prováveis: 18.580 Mortes confirmadas: 2 Mortes em investigação: 12 • GoiásEmergência declarada no dia 2 de fevereiro Casos prováveis: 14.922 Mortes confirmadas: 31 Mortes em investigação: 2 • Brasil Casos prováveis: 262.247 Mortes confirmadas: 29 Mortes em investigação: 173*dados atualizados no dia 2/2/2024, às 13h48 Nesta segunda-feira, o hospital de campanha da FAB (Força Aérea Brasileira) foi aberto no DF. A estrutura funciona em Ceilândia, que fica a 30 quilômetros da Esplanada dos Ministérios. O local registrou o maior número de casos de dengue no DF. Ao todo, 29 profissionais de saúde atuam no local, entre entre médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório. A previsão é que o local fique aberto por 45 dias, com 60 leitos para atendimentos 24 horas por dia. A tenda conta com duas salas de hidratação, uma de adultos e outra infantil e também um laboratório para o diagnóstico da doença. Os casos da doença no DF aumentaram 920% em 2024 quando comparado ao mesmo período do ano passado. As regiões vão ter prioridade no recebimento das doses de vacina compradas pelo Ministério da Saúde. A informação foi confirmada pela titular da pasta, Nísia Trindade, que ressaltou que a imunização sem o controle de foco do mosquito não é solução. "A vacina no quantitativo que o laboratório hoje pode nos entregar, sendo uma vacina de duas doses, numa situação como vivemos hoje no Distrito Federal e outros municípios, ela não pode ser apontada como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso, ele estaria errado. Nesse momento, agora, temos que lidar principalmente fazendo o controle dos focos [do mosquito] e cuidando de quem adoece por dengue", afirmou na semana passada. A expectativa é que a vacina seja entregue na segunda semana de fevereiro, conforme informado pelo R7 na última terça feira, quando ocorreu uma reunião de emergência do ministério com as secretarias de Saúde do DF e de cidades do Entorno. Neste ano serão distribuídas 6,5 milhões de doses para 521 cidades. Para 2025, o governo comprou 9 milhões de doses. O público-alvo serão crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que apresenta o maior número de hospitalizações por dengue, depois dos idosos, segundo o Ministério da Saúde.