‘Casas de Wolbitos’ começam a ser instaladas na Capital
Quem percorrer praças e parques na região das Moreninhas, em Campo Grande (MS), vai se deparar com as "Casas de Wolbitos" -- dispositivos cheios de ovos do Aedes aegypti com a bactéria a Wolbachia. Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no […] O post ‘Casas de Wolbitos’ começam a ser instaladas na Capital apareceu primeiro em Diário Digital.
Diário Digital|Do R7
Quem percorrer praças e parques na região das Moreninhas, em Campo Grande (MS), vai se deparar com as "Casas de Wolbitos" -- dispositivos cheios de ovos do Aedes aegypti com a bactéria a Wolbachia.
Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no inseto, contribuindo para a redução destas doenças.
A distribuição das “Casas do Wolbito” começou neste sábado, dia 6. Serão cerca de 740 instaladas por semana, que serão substituídas a cada 15 dias, durante 20 semanas consecutivas.
Os agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) atuarão aos sábados, em forma de mutirões, instalando os dispositivos nas árvores localizadas em áreas e vias públicas da região.
Este método é empregado pelo World Mosquito Program globalmente e já foi utilizado no Brasil, no município de Niterói (RJ) e está sendo utilizado em Petrolina (PE).
De acordo com o coordenador do projeto em Campo Grande, Antônio Brandão, está é uma metodologia autossustentável, uma vez que toda o mosquito que tem a bactéria a passa para as próximas gerações.
“A ‘Casa do Wolbito’ é um recipiente plástico contendo água e uma cápsula que já vem pronta do Rio de Janeiro com ovos de wolbitos e ração para as larvas.
Naquele recipiente, os wolbitos se desenvolvem, passam por todos os estágios larvais até atingirem a forma adulta alada e saírem voando para proteger a região da dengue, Zika e chikungunya”, explica.
O coordenador reforça a necessidade de colaboração da população no cuidado e manutenção dos recipientes para que seja assegurada a efetividade no andamento do projeto.
“Pedimos que os moradores nos ajude a coibir depredações e qualquer ato que possa comprometer a integridade dos recipientes, pois é necessário que eles fiquem no mesmo local por 15 dias”, complementa.
Essa atividade soma-se ao início das liberações de adultos da Fase 3 e ao início do engajamento comunitário em nove bairros da Fase 4 (Coronel Antonino, Mata do Jacinto, José Abrão, Mata do Segredo, Monte Castelo, Novos Estados, Nova Lima, Nasser e Seminário).
A liberação dos Wolbitos faz parte da estratégia do Método Wolbachia, iniciativa do World Mosquito Program (WMP), conduzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio financeiro do Ministério da Saúde. Na capital, a implementação da iniciativa é realizada em parceria com a Prefeitura de Campo Grande e Secretaria de Estado da Saúde do Mato Grosso do Sul. Estão previstas seis fases para implementar o Método Wolbachia em toda a cidade.
Método Wolbachia - O Método Wolbachia tem eficácia comprovada. Um Estudo Clínico Randomizado Controlado (RCT, sigla em inglês), realizado em Yogyakarta, Indonésia, aponta uma redução de 77% na incidência de dengue e redução em 86% de hospitalizações em decorrência da doença em áreas tratadas com Wolbachia em comparação com áreas não tratadas. No Brasil, dados preliminares observacionais apontam redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika nas áreas onde houve a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia.
A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti, e foi introduzida por pesquisadores do WMP, iniciativa global sem fins-lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos.
O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes mosquitos, todos com Wolbachia.
Método Wolbachia em Campo Grande - Em Campo Grande, as liberações começaram pelos bairros da Fase 1 de implementação: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. Nestes bairros, os Wolbitos foram liberados semanalmente, durante 30 semanas, por agentes da Prefeitura de Campo Grande. Na Fase 2, os bairros contemplados foram: Taquarussú, Jacy, Jockey Club, América, Piratininga, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centro Oeste e Los Angeles.
A fase de engajamento da Fase 3 está sendo finalizada e a previsão para início da soltura é em 25 de outubro. Nesta etapa estão os bairros Carandá Bosque, Vila Carlota, Chácara Cachoeira, Dr. Albuquerque, Estrela Dalva, Jardim Paulista, Maria Aparecida Pedrossian, Noroeste, Rita Vieira, São Lourenço, Tiradentes, TV Morena, Universitário, Jardim Veraneio e Vilas Boas.
O Método Wolbachia é complementar às demais ações de controle das arboviroses realizadas pela prefeitura. A população deve continuar a realizar as ações de combate à dengue, Zika e chikungunya que já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais.
(Fonte: Assessoria de imprensa Sesau)
O post ‘Casas de Wolbitos’ começam a ser instaladas na Capital apareceu primeiro em Diário Digital.