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Monitoramento identifica crescimento de Aedes com Wolbachia em bairros

A soltura dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia começou em dezembro do ano passado, em sete bairros de Campo Grande, que hoje apresentam um crescimento na população dos insetos com estas características. Em cinco destas regiões, a prevalência da bactéria nos mosquitos já é superior a 60%.  Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Coophavilla, Jardim Centenário, Lageado e Tijuca são os […] O post Monitoramento identifica crescimento de Aedes com Wolbachia em bairros apareceu primeiro em Diário Digital.

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A soltura dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia começou em dezembro do ano passado, em sete bairros de Campo Grande, que hoje apresentam um crescimento na população dos insetos com estas características. Em cinco destas regiões, a prevalência da bactéria nos mosquitos já é superior a 60%. 

Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Coophavilla, Jardim Centenário, Lageado e Tijuca são os bairros que integram a primeira fase do Projeto Wolbachia, que introduz na célula do Aedes a bactéria que já é presente em 60% dos insetos na natureza e, assim, impede o desenvolvimento dos arbovírus no mosquito. 

Os dados de povoamento do Mosquito com Aedes foram obtidos através de análises feitas nas ovitrampas recolhidas e encaminhadas para o Rio de Janeiro. “Essas armadilhas já são usadas na rotina dos agentes de combate a endemias na cidade, foi agora implementada essa nova etapa no processo antes de descartar as palhetas, como acontecia antes”, explica o coordenador do projeto em Campo Grande, Antônio Brandão. 

De todos os bairros da primeira etapa, apenas o Lageado e Tijuca possuem uma prevalência do mosquito com Aedes considerada média, entre 40% e 59%, mesmo assim, o resultado é considerado satisfatório, visto que há uma tendência de crescimento populacional. 

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Método Wolbachia

O Método Wolbachia tem eficácia comprovada. Um Estudo Clínico Randomizado Controlado (RCT, sigla em inglês), realizado em Yogyakarta, Indonésia, aponta uma redução de 77% na incidência de dengue e redução em 86% de hospitalizações em decorrência da doença em áreas tratadas com Wolbachia em comparação com áreas não tratadas. No Brasil, dados preliminares observacionais apontam redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika nas áreas onde houve a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia.

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A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti, e foi introduzida por pesquisadores do WMP, iniciativa global sem fins-lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos.

Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no inseto, contribuindo para a redução destas doenças. Não existe modificação genética neste processo. 

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O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Veja a ilustração abaixo. 

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Método Wolbachia em Campo Grande 

Em Campo Grande, as liberações começaram pelos bairros da Fase 1 de implementação: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. Nestes bairros, os Wolbitos foram liberados semanalmente, durante 30 semanas, por agentes da Prefeitura de Campo Grande. Na Fase 2, os bairros contemplados foram: Taquarussú, Jacy, Jockey Club, América, Piratininga, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centro Oeste e Los Angeles. 

A fase de engajamento da Fase 3 está sendo finalizada e a previsão para início da soltura é em 25 de outubro. Nesta etapa estão os bairros Carandá Bosque, Vila Carlota, Chácara Cachoeira, Dr. Albuquerque, Estrela Dalva, Jardim Paulista, Maria Aparecida Pedrossian, Noroeste, Rita Vieira, São Lourenço, Tiradentes, TV Morena, Universitário, Jardim Veraneio e Vilas Boas. 

O Método Wolbachia é complementar às demais ações de controle das arboviroses realizadas pela prefeitura. A população deve continuar a realizar as ações de combate à dengue, Zika e chikungunya que já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais. 

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