Folha Vitória Drones são utilizados para conter doenças em lavouras no ES

Drones são utilizados para conter doenças em lavouras no ES

Pesquisa foi uma parceria da Ufes com pesquisadores chineses durante o ano de 2022

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Foto: TV Vitória
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Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) concluíram estudos sobre o uso de drones para evitar ou conter doenças em lavouras no Espírito Santo. A pesquisa aconteceu em plantações de café arábica, em Marechal Floriano, na região Serrana do Estado, e levou mais de um ano. 

Os equipamentos são utilizados para pulverizar produtos conhecidos como calda em toda a região de lavoura. Um drone consegue fazer o manejo de um hectare em apenas 12 minutos. Já uma pessoa com um pulverizador nas costas levaria até três horas para realizar o mesmo trabalho.

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O operador de drone, Fernando Coelho, contou que a calda é o conjunto de produtos utilizados para a saúde da vegetação diluídos em água. "A calda é o conjunto de produtos ou produto misturado com a água, que é o agente onde o produto será diluído para poder aplicar na cultura", disse. 

Os equipamentos utilizados variam de tamanho e capacidade de pulverização. Há drones com quatro pulverizadores, até outros com 16 e até 30, para manejar plantações mais extensas. 

Parceria com a China 

A pesquisa foi uma parceria da Ufes com especialistas da China, o que ajudou bastante a obter os resultados promissores, como apontou o professor Edney Vitória, coordenador do projeto. 

"Existe na China um centro nacional específico para desenvolvimento e tecnologia da aviação, tanto avião quanto drone. Eles têm mais de 200 pesquisadores o tempo todo estudando a respeito, então as metodologias que eles utilizam são muito consistentes. Eles foram fundamentais para aferir e atestar a metodologia que utilizamos", afirmou. 

De acordo com o professor, os drones são mais rápidos e econômicos em relação à pulverização feita por meio de tratores, além de usar muito menos química nas plantas. 

"Nós chegamos à conclusão que a aplicação com o trator, que aplica 400 litros de calda por hectare e um drone que aplica 10 a 15 litros por hectare, a eficácia do controle da doença foi a mesma", disse. 

"O drone é eficiente, o que é essa eficiência? Ele consegue ter uma boa eficácia do produto, aplicando uma quantidade menor. Com o drone, as gotas ficam na folha sem o escorrimento, ou seja, a aplicação é mais eficiente", complementou. 

Ainda segundo ele, a utilização da tecnologia auxilia inclusive na saúde dos trabalhadores, que não precisam se expor à química ou agentes nocivos durante a pulverização. 

"Você tira o trabalhador com o pulverizador costal ou com trator da lavoura. O drone vai passar sobrevoando, fazer a aplicação com o piloto a uma distância segura", disse.  

 *Com informações da repórter Laila Magesk, da TV Vitória/Record TV 

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