Folha Vitória Empresas firmam compromissos para redução de emissões na COP26

Empresas firmam compromissos para redução de emissões na COP26

"É do interesse de todos que vejamos uma mudança sistêmica que evite a catástrofe climática e desbloqueie o potencial de crescimento verde", afirma Daniel Maximilian Da Costa, principal executivo do Latin American Quality Institute.

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Foto: Divulgação/DINO
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A construção de uma sociedade mais sustentável tem pautado os debates e os compromissos assumidos pelo setor empresarial na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), sediada em Glasgow, na Escócia. Líderes empresariais se posicionaram contra o desmatamento ilegal e em defesa de uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa.

Embora o Observatório do Clima tenha registrado uma redução inédita de quase 7% nas emissões globais de gases de efeito estufa durante a pandemia de Covid-19, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2) atingiram um novo pico de 413,2 ppm em 2020. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em 2021, continua a tendência de alta anual acima da média do período entre 2011 e 2020.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as alterações climáticas são a questão definidora do tempo atual, e o setor privado desempenha um papel fundamental, com sinais de mercado e soluções inovadoras para planos concretos para uma economia de carbono zero. Nas discussões em Glasgow, empresas têm firmado compromissos para fomentar uma economia de baixo carbono e evitar que a temperatura global se eleve para além de 1,5°C, como estabelecido no Acordo de Paris. Até 2030, o Brasil pretende reduzir pela metade as emissões de CO2 e zerar até 2050.

Presente no evento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) expôs seu eixo de atuação com base na transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) também apresentou um documento, assinado por mais de 100 empresas brasileiras, com o compromisso de combater a emissão de carbono e as mudanças climáticas no mundo. Para isso, o conselho de líderes do CEBDS apoia a aderência a metas baseadas em conceitos científicos e práticas de transparência financeira, com financiamento para a promoção da transição climática e combate integral ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica e de outros biomas brasileiros.

De acordo com o principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, a mudança climática é um dos problemas mais urgentes que o mundo enfrenta hoje e que afeta toda a sociedade, desde famílias que se preocupam com o futuro de seus filhos até fundos de pensão que decidem onde investir. Assim, ações eficazes são necessárias para a reversão desse processo cíclico natural. "É do interesse de todos que vejamos uma mudança sistêmica que evite a catástrofe climática e desbloqueie o potencial de crescimento verde", afirma.

Em vista disso, Da Costa reconhece a importância de reduzir ativamente o impacto climático e compensar emissões por meio de créditos de carbono. "É por isso que, para mitigar nossos impactos, vamos compensar nossas emissões por meio de créditos de carbono de alta qualidade. Comprometemo-nos publicamente em apoiar nossos mais de 4 mil membros e fornecedores na transformação de seus negócios para reduzir a zero suas pegadas de carbono em toda a América Latina através de programas de sensibilização e capacitação, convênios de cooperação mútua e liderando através do nosso próprio exemplo", conclui.

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